Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Insumos

Clima volta a agitar mercado da soja

Além de especulações sobre clima, a demanda segue consistente, com destaque pelo produto norte-americano

Clima volta a agitar mercado da soja

Depois de acentuadas perdas na última sexta-feira (24/06), quando foi pressionado pela aversão ao risco provocado pela votação no Reino Unido, o mercado começa a semana em forte alta nos futuros de Chicago, focado nas projeções de clima. Além de especulações sobre clima, a demanda segue consistente, com destaque pelo produto norte-americano.

Fechamentos: julho a U$ 11,33, alta de 30 cents/bu e novembro, a U$ 11,0475, ganhos de 26,25 cents/bu. Em meio a sinais de forte demanda, a soja liderou os ganhos dentre os principais produtos agrícolas nesta jornada. Na última sexta-feira, o USDA anunciou, através do sistema de divulgação diária, a venda de um volume superior a 400 mil tons, sendo que mais da metade é para embarque ainda nesta temporada. Outro anúncio, de pelo menos 150 mil tons, foi feito nesta segunda-feira. As especulações indicam que haverá novos cortes nos estoques finais dos EUA no relatório de julho.
As chuvas programadas para extensas áreas do Meio Oeste ficaram abaixo do esperado. Nas porções central e norte das Planícies as chuvas foram muito limitadas. Algumas áreas centrais de produção também receberam precipitações fracas. As previsões para três a quatro semanas à frente mostram potencial para clima mais quente e seco na porção leste e sul.

O mercado também busca posicionar-se frente a dois importantes relatórios que serão divulgados pelo USDA nesta quinta- feira (30/06): relatório trimestral de estoques e relatório final de plantio. O primeiro se refere aos estoques existentes em solo norte-americano em primeiro de junho e o segundo, à extensão final semeada com cada cultura para a safra 2016/17. Acompanhamento de safra – De acordo com boletim de acompanhamento de safra, divulgado pelo USDA no fim da tarde desta segunda-feira, houve uma ligeira queda na qualidade das lavouras de soja ao longo da última semana. Mas, ainda assim, o início desta estação é considerado muito promissor. As lavouras tidas como boas e excelentes perfazem 72%, ante 73% da semana passada e 63% de um ano atrás. As áreas regulares somam 23%, ante 22% da semana anterior e 28% da mesma data do ano passado. Ao mesmo tempo, as áreas consideradas ruins e péssimas perfazem 5%, mesmo índice da semana passada, ante 9% da mesma semana de 2015. Nove por cento das lavouras entraram na fase de floração, ante 7% da mesma semana do ano passado e 7% de média histórica. O Index, cujo valor 100 denota normalidade na evolução das lavouras, está em 105, mesmo índice da semana passada. No ano passado, na mesma data, o índice era de 101.

Mercado interno – A semana começa com fraca movimentação, mas se mostra com sinais de que o interesse vendedor está mais aguçado e atento a oportunidades. Depois de alguns dias totalmente retraídos, muitos produtores voltam a demonstrar interesse de venda em face de indicações mais atrativas de preço. Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 88,00 e R$ 90,00 por saca, dependendo do momento do dia, do local de embarque e do prazo de pagamento. No Porto de Paranaguá indicações entre R$ 94,00 e R$ 95,00 por saca.