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Prejuízo

Cooperativa que não está sendo investigada sofre os reflexos da Operação Carne Fraca

27 contêineres da cooperativa Aurora estão parados no porto da China

Cooperativa que não está sendo investigada sofre os reflexos da Operação Carne Fraca

De acordo com o jornalista Marcel Lula, do Clic Oeste,  o presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster, disse que a operação Carne Fraca começa a respingar na cooperativa que nada tem a ver com as investigações. De acordo com o jornalista, a China, maior cliente da Aurora, que não tem nenhuma participação na suposta fraude, fechou as portas para a carne brasileira em sua totalidade. Isso quer dizer, que 27 contêineres estão parados neste exato momento, no porto Guangzhou Goza, sem autorização para serem descarregados. De acordo com o comunicador, Lanznaster está preocupado, pois, além de não conseguir liberar a carga, ainda tem o prejuízo com o custo do navio que seguirá parado até a liberação. “Portanto, a irresponsabilidade de alguns, começa a nos atingir”.

Prejuízo regional

O presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster, relatou ainda que é incalculável o prejuízo, caso a China não aceite abrir as portas para as carnes de suíno e aves que estão em seu porto.  277 contêineres da Aurora estão em trânsito pelo oceano, indo para diversas partes do mundo. Lanznaster já prevê que tem países que vão receber, enquanto que outros não. O presidente reunirá as cooperativas do sistema Aurora, para discutir a situação, além de outros temas em pauta. Mas caso a situação com os chineses se prolongue. Poderá ser anunciado no primeiro mês, férias coletivas, e a partir do segundo, uma série de demissões, sem contar o desalojamento em propriedades.

Queda no preço

Mário Lanznaster já está em contato com o Governo Federal. Quer uma resposta para a situação que poderá se tornar uma crise sem precedentes. Ontem durante a nossa conversa, ele disse que somente a unidade da Aurora em Xaxim, produz 190 mil aves por dia, sendo que somente tem espaço para estocar por um dia. Com essa situação na China, a cooperativa não terá lugar para estocar, até porque, os asiáticos não aceitam carnes estocadas em portos. “Essa carne poderá acabar no mercado interno, fazendo com que haja uma sobra do produto e a queda nos preços da carne. O consumidor pagará bem menos, enquanto que a agroindústria terá um grande prejuízo”, prevê.

Sem crédito

Outra preocupação da direção da Coopercentral Aurora está relacionada aos bancos. Acontece que se a crise realmente se abater e atingir a região, a agroindústria poderá ter dificuldades até mesmo, de obter crédito junto aos bancos para comprar milho. “Se eles notarem que a situação vai apertar, não vão mais emprestar dinheiro. Como iremos comprar mais milho?”, questiona Mário Lanznaster.