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Missão de Paz

Imperatriz Leopoldinense muda nome de ala após visita de representantes do agro

Sociedade Rural Brasileira visita barracão da Imperatriz  

Imperatriz Leopoldinense muda nome de ala após visita de representantes do agro

Nesta quarta-feira (22/02), um grupo formado pelo presidente eleito da Sociedade Rural Brasileira, Marcelo Vieira, pelo diretor da entidade, João Adrien, e pelo presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, Antônio Alvarenga, visitou o barracão da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, na Cidade do Samba. A iniciativa partiu da entidade do setor rural, por acreditar que o diálogo é o melhor caminho para esclarecer percepções generalizantes sobre o setor. A pauta do encontro girou em torno do enredo que a escola levará este ano à avenida e que causou mal-estar entre produtores rurais por aparentemente apresentar uma visão equivocada do setor. Tanto por parte dos representantes do agronegócio quanto da diretoria da escola, a disposição era a de esclarecer o episódio.

No encontro, o presidente da agremiação, Luiz Pacheco Drumond, deixou claro que não houve intenção alguma em agredir o setor e revelou que ele próprio é um fazendeiro. “Não faria nenhum sentido exaltarmos o homem do campo, como fizemos no ano passado, e depois falarmos mal desse trabalho”, disse. Ele e o carnavalesco Cahê Rodrigues informaram ainda que a ala da escola que mais causou impacto, denominada “Os fazendeiros e seus agrotóxicos”, teve o nome reformulado para “O uso indevido dos agrotóxicos”, de maneira a evitar uma percepção generalista de que todos os agricultores usam defensivos agrícolas indiscriminadamente.

O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB) fez questão de destacar que o episódio criou uma oportunidade de que se abrisse um canal de diálogo com a sociedade para desmistificar o trabalho realizado por milhares de agricultores no país. “Nossas posições não são conflitantes, pelo contrário. O agronegócio é uma atividade moderna e responsável, como o Carnaval. A qualidade dos nossos produtos é o cartão de visitas do Brasil nos mercados internacionais, assim como o Carnaval é um dos símbolos nacionais. Somos ambos peças fundamentais para o desenvolvimento e para a cultura do país”, disse Marcelo Vieira. “Viemos até a Imperatriz para atestar que não há uma disposição beligerante do agro em relação à escola e que acreditamos no diálogo para solucionar qualquer mal-entendido”.

O carnavalesco Cahê Rodrigues enfatizou que a mensagem da Imperatriz é de paz e respeito ao próximo e é isso que o enredo pretende mostrar na avenida. “A Imperatriz privilegia temas culturais e nunca quis ser polêmica. Queremos mostrar o dia a dia do indígena da maneira mais real possível, mas nós fazemos Carnaval, festa, folia. Não estamos errados, mas somos de paz. Então, para evitar qualquer generalização sobre a atividade rural, optamos por mudar o nome da ala para ‘O uso indevido dos agrotóxicos’”, frisou, acrescentando que a mensagem prevista inicialmente será passada ao público da mesma maneira, sem alterações na fantasia.

Para o produtor rural e diretor da SRB, João Adrien, a conversa fluiu de maneira muito agradável e foi essencial para que tudo se esclarecesse. “O tema nos ajudou a abrir um canal para trazer a público as transformações sofridas pelo agronegócio nos últimos anos. Queremos aproveitar essa oportunidade para falar do agro, um setor cuja dinâmica moderna permite que 61% do território nacional seja de mata nativa, que mantém cerca de 19 milhões de brasileiros empregados e cujos produtos e serviços estão em quase tudo o que o brasileiro consome, da refeição ao automóvel”.

Ao final do encontro, todos posaram para uma foto à frente do banner do enredo da escola.

Escola vai trocar o nome de uma das alas de “Os Fazendeiros e seus Agrotóxicos” para “Uso Indevido de Agrotóxicos” (Foto: Rep. SRB)