Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Economia

Índices de preços de origem animal registra queda em SP

O levantamento é do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo

Índices de preços de origem animal registra queda em SP

O Índice de Preços Recebidos pela agropecuária paulista (IqPR), que mede a variação dos preços recebidos pelos produtores, registrou alta de 0,44% em janeiro na comparação com dezembro de 2017. Separado por grupos de produtos, o IqPR-V (grupo de produtos de origem vegetal) subiu 1,53% e o IqPR-A (produtos de origem animal) caiu 1,99%. O levantamento é do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo.

Os produtos do IqPR que apresentaram as maiores altas nas cotações do mês de janeiro em relação a dezembro/2017 foram, pela ordem: feijão (24,89%), tomate para mesa (10,52%), milho (8,07%), algodão (6,23%) e amendoim (4,44%).

Segundo o IEA, as chuvas nas principais regiões produtoras (principalmente no Estado do Paraná) reduziram a oferta de feijão no começo da primeira safra de 2018 (são três safras por ano), o que elevou os preços recebidos pelos produtores. Os preços da saca de 60 kg chegaram a ser negociados, em meados de janeiro, a R$ 117,24 no Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) de Avaré, e a R$ 136,78 no EDR de Itapeva. Fazendo um comparativo com dezembro de 2017, pode-se constatar cotações abaixo de R$ 80,00 a saca, como na EDR de Avaré, que iniciou o último mês do ano passado com cotação de R$ 78,16 a saca. Nos últimos dois meses o produto teve valorização de 15,35%.

Doenças que atingiram os tomateiros neste período chuvoso de verão também diminuíram a oferta do produto, puxando as cotações. De valores que alcançaram somente R$ 16,12 a caixa de 22 kg no EDR de Itapeva no início de dezembro de 2017, na regional de Campinas, os preços quase atingiram R$ 50,00. Mesmo com essa alta, o tomate acumula baixa bimestral de 4,95%.

Já os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços no período foram: banana nanica (-33,01%), batata (-17,08%), ovos (-13,13%), soja (-5,52%) e carne de frango (-4,22%).

Os pesquisadores do IEA relatam que a baixa demanda ocasionada pelo recesso escolar e altas produtividades nas regiões produtoras justificam a redução dos preços recebidos pelos produtores de bananas. Referência no levantamento feito pelo IEA, o EDR de Registro apresentou preços cobrados pelos produtores de R$ 1,56 para R$ 1,04 o quilo entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018. No bimestre, o produto acumula queda de 17,42%.

Mesmo com as chuvas do período, os fluxos de colheita e da comercialização da batata nas regiões produtoras paulistas ocorreram num ritmo que abasteceu sem percalços o mercado atacadista e varejista, reduzindo os preços recebidos pelos produtores. Nos últimos dois meses, o produto se desvalorizou no campo paulista 35,5%.

Em resumo, dos 19 produtos analisados no mês de janeiro, 12 produtos apresentaram alta de preços (11 de origem vegetal e 1 de animal) e outros 7 apresentaram queda (3 vegetais e 4 animais).

No acumulado dos últimos 12 meses (janeiro/2017 a janeiro/2018), o IqPR apresentou a maior alta no mês de março/2017 e a maior queda em junho/2017, mesmo comportamento do IqPR-V. O IqPR-A teve o maior aumento no mês de agosto/2017 e a maior baixa no mês de junho/2017.