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Plano ABC

MAPA lança cartilha que auxilia suinocultores a reduzir emissões de carbono e gerar recursos a partir do dejeto da produção

Material apresenta técnicas e tecnologias para produção limpa e foi apresentado durante fórum realizado nesta quarta (04/05), em Florianópolis.

MAPA lança cartilha que auxilia suinocultores a reduzir emissões de carbono e gerar recursos a partir do dejeto da produção

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com apoio da Embrapa, apresentou nesta quarta-feira (04/05), durante a AveSui 2016, que acontece em Florianópolis (SC), a cartilha “Suinocultura de baixa emissão de carbono”, que destaca tecnologias para produção mais limpa e aproveitamento econômico de resíduos da produção de suínos. O material é resultado do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), coordenado pelo MAPA e com apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), que tem como objetivo avaliar e disseminar alternativas economicamente viáveis para o tratamento de dejetos na suinocultura.

Ao longo de 100 páginas, a cartilha apresenta boas práticas para o uso racional da água e de rações, além de técnicas como compostagem de dejetos, biodigestão, uso de biofertilizantes e aproveitamento de carcaças, por exemplo. “Para gerar menos dejetos, o produtor precisa reduzir a utilização de água. Se ele quer ser mais eficiente no uso de ração, precisa adequar o consumo de acordo com a fase do crescimento dos suínos”, explicou Sidney Medeiros, fiscal federal agropecuário do MAPA, na abertura do Fórum sobre suinocultura de baixa emissão de carbono e bem-estar animal, realizado dentro da programação da AveSui, maior feira de aves e suínos da América Latina.

Para Paulo Armando de Oliveira, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, “o objetivo desta cartilha é contribuir para reduzir as emissões de carbono e também auxiliar o produtor a gerar renda a partir da gestão dos resíduos”, seguindo as metas estabelecidas na COP-15, realizada na Dinamarca em 2009, que prevê a redução de 45% das emissões até 2020.  Criado há seis anos, o Plano ABC já conta com 39 projetos em execução, 11 dos quais iniciados em 2015. “Em apenas um ano, obtivemos um crescimento de 40% no volume de projetos inscritos”, comenta Medeiros.

Saúde e bem estar animal

Os painéis sobre Saúde Animal e Bem Estar Animal dominaram as discussões do segundo dia na AveSui 2106. Quatro pesquisadores, coordenados pela chefe geral da Embrapa Aves e Suínos, Dra. Janice Zanella, revezaram-se para falar do primeiro tema. A Dra. Virginia Santiago Silva tratou do controle dos javalis na certificação de doenças e chamou a atenção para o fato de que tanto as pesquisas, como os programas de defesa sanitária animal, são, na maioria, voltados para animais domésticos. “Os animais silvestres, selvagens ou asselvajados podem propagar muitas doenças, dentre elas a Peste Suína Clássica (PSC). Essas populações estão em expansão no território nacional e essa realidade deve ser trabalhada”, orientou. Outro problema apontado no painel sobre Saúde Animal, desta vez pelo Dr. Nelson Morés, são as doenças respiratórias em suínos, que ocorrem em todas as fases da produção, o que demanda atenção especial para chegar a um diagnóstico preciso e a correta aplicação de medidas de terapia e controle.

A abertura do workshop sobre Bem Estar Animal foi feita pela pesquisadora Liziè Bus, da Comissão do Bem Estar Animal, do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), que apresentou as ações que estão sendo feitas pelo grupo, como a divulgação e a proposição de boas práticas de manejo, o alinhamento da legislação brasileira com os avanços científicos e os critérios estabelecidos pelos acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário. Logo após essa exposição, o Dr. Osmar Dalla Costa, pesquisador da Embrapa, falou sobre o projeto de Bem Estar Animal, criado em 2010 pela Embrapa, em parceria com o Mapa, e que tem mudado a forma de manejo do abate, que inicia no embarque, passa pelo transporte do animal e finaliza no desembarque, nos abatedouros. “Fizemos um treinamento intensivo com produtores, motoristas e com o receptivo para que o sistema de manejo não estresse o animal e, ainda,  resulte em um produto final de qualidade.”