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Abag 2016

Mato Grosso é aposta do agronegócio brasileiro

Durante 15º Congresso Brasileiro do Agronegócio, lideranças do setor deixaram claro entusiasmo para o Estado mato-grossense e não descartando, inclusive, apoia uma eventual candidatura do governador Pedro Taques nas eleições presidenciais

Mato Grosso é aposta do agronegócio brasileiro

O Prêmio Personalidade do Agro Ney Bittencourt de Araújo, entregue durante o 15º Congresso Brasileiro do Agronegócio neste ano homenageou o governador do Mato Grosso, Pedro Taques. As honrarias ao governo mato-grossense não terminaram por aí. Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), não escondeu o apoio do agronegócio a Taques diante de uma possível candidatura dele à Presidência da República em 2018.

Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), não escondeu o apoio do agronegócio a Taques diante de uma possível candidatura dele à Presidência da República em 2018

Sem esconde a satisfação com o estado, Carvalho destacou que o Mato Grosso é um exemplo do que o país pode ser. “Para nós, que somos a casa do agronegócio, o Mato grosso é um exemplo exuberante. A combinação de uma região que tem condições de clima e solo e gente do trabalho, associado ao pessoal que veio do Sul e Sudeste do Brasil, o Mato Grosso é como se fosse um estudo de caso e da uma clara noção ao mundo do que é o agronegócio no brasileiro”, diz.

Ao ser questionado sobre o apoio ao atual governador Pedro Taques, o presidente da Abag enfatizou que certamente o agronegócio apoiará todos aqueles que mostram conhecimento e determinação pelo setor. “Ele é um deles, sem dúvida alguma, assim como Geraldo Alckmin. Governadores que entenderam desde o início que o agronegócio é de fato o grande negócio do Brasil”.  Assista a entrevista na íntegra:

Liderança e Protagonismo

A liderança e o protagonismo exercidos pelo agronegócio brasileiro no mercado internacional e para o desenvolvimento econômico e social do país foram outros temas abordados durante o Congresso da ABAG, que recebeu cerca de 900 participantes. Uma tônica que dominou os debates foi a de que, apesar de o setor ainda apresentar níveis de crescimento, diferentemente do que ocorre com a economia nacional, a agenda do agronegócio sofre com os limites impostos, como a capacidade logística brasileira, a crise fiscal, a dificuldade de orçamento governamental, o regime tributário, ao mesmo tempo em que há a necessidade de manter os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação para manutenção do desenvolvimento da indústria e da cadeia do segmento.

A análise foi feita pelo presidente da ABAG, que também destacou a questão da demanda por alimentos em função do aumento da renda per capita, da maior urbanização e do crescimento populacional que vem ocorrendo no mundo. Por esse motivo, Carvalho pondera que é necessário a discussão de políticas públicas com vistas em longo prazo para que haja o crescimento sustentável não apenas do agronegócio como do país. “Assim, como foi sugerido durante nosso Congresso, nós devemos nos envolver para além do agronegócio. É nossa obrigação ter uma participação mais efetiva, que nossas lideranças possam atuar de forma macrossetorial. Quanto mais poder, mais responsabilidade”, enfatizou.

Sobre a questão tributária, Carvalho considera imprescindível que haja a reforma, mas que ela precisa ocorrer de modo a analisar toda a economia, considerando todos os elos das cadeias produtivas relacionadas com o agronegócio. “A questão do tributo no país precisa ser revista para que todos os elos da cadeia fiquem equilibrados, sem privilegiar um em detrimento de outro”, disse. “Temos defendido que haja interdependência e cooperação entre todos os atores, maior governança entre os setores privados e as entidades de classe e que haja menos governo e mais mercado, o que significa menos intervenção do Estado”.

Para o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária, Neri Geller, que participou do encerramento do encontro, o Ministério da Agricultura precisa ser a “casa da produção”. A seu ver, os empresários precisam atuar junto com o Ministério para construir ações concretas e liderar esse protagonismo que o Brasil merece e precisa. “Não há nenhum país do mundo que tem a capacidade de suprir a demanda por alimentos”, afirmou Geller.