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Saúde Animal

Números de casos da Peste Suína Africana continuam a crescer

OIE destaca a presença da doença na África e na Europa. Os primeiros relatos de PSA na Ásia ocorreram em agosto de 2018

Números de casos da Peste Suína Africana continuam a crescer

Novos casos da Peste Suína Africana (PSA) têm surgido nas últimas semanas. O vírus foi reportado em suínos domésticos na China e na Moldávia e em javalis na Bélgica, Letónia e Ucrânia. De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), tem se observado um aumento significativo de surtos, principalmente na África, Europa e Ásia, que tem reportado casos da doença desde agosto de 2018.

China

Desde agosto vários casos da Peste Suína Africana foram confirmados em várias províncias do país, desde rebanhos domésticos e até mesmo grandes produções e tem resultado no abate de milhares de animais.

O último surto ocorreu em uma fazenda na região de Nanping e resultou no abate de 5.776 suínos. Estes trouxeram aumentaram as perdas na província para mais de 22.000.

Na semana passada, o país alertou a indústria suína que encobrir casos de peste suína africana é um crime, dias depois de uma carcaça ter sido encontrado em uma praia de Taiwan, levando Taipé a alegar que Pequim não estava compartilhando informações precisas sobre a doença.

O governo chinês, também exonerou mais de 200 funcionários por não terem cumprido o seu dever em conter o surto. O processo foi realizado após uma investigação do Conselho de Estado (Executivo) que descobriu que algumas autoridades tinham ignorado ordens e proibições e não tinham cumprido as suas obrigações.

O Ministério da Agricultura da China informou à OIE que a província mais recentemente afetada pela PSa pela primeira vez é Guangzhou, no sudeste do país. Desde meados de dezembro, a doença foi confirmada em três locais. Dois destes foram animais de quintal, mas o terceiro foi em uma fazenda em Guangzhou com mais de 6.000 suínos.

Europa

Na Europa, Bélgica, Letónia e Ucrânia reportaram casos da PSA em javalis. Em seu relatório mais recente à OIE, a agência de saúde animal da Letônia confirmou a ASF em 26 javalis em 23 locais em todo o país entre 17 e 28 de dezembro. Já na Ucrânia, seis javalis foram testados positivos para a doença, cinco deles em Zhytomyr oblast no norte do país, e o outro em Zarpattia no sudoeste.

Os crescentes casos na Bélgica, tem sinalizado um avanço do vírus para o oeste europeu. No dia nove de janeiro mais dois Javalis foram identificados com a doença, estes dois casos foram encontrados fora da zona de tampão e das cercas instaladas, que são fragmentadas devido as áreas urbanizadas.

As autoridades belgas anunciaram que, como um resultado destas novas descobertas, a zona tampão vai estender ao longo do sudoeste, modificando, assim, as zonas de controle de funcionamento.

Américas e Oceania não possuem registros dos vírus mas devem adotar medidas de prevenção

Mesmo com nenhum caso reportado nas Américas e Oceania, os países desses continentes devem tomar medidas para evitar a entrada do vírus. Uma das medidas é o controle das fronteiras. Alimentos e bagagens contaminadas, provenientes das áreas afetadas pela PSA, podem entrar no país carregando o vírus.

No Brasil, associações e órgão governamentais tem orientado os produtores com medidas de prevenção, além de ter sido reforçada a vigilância em portos e aeroportos do país.

A PSA foi erradicada no Brasil em 5 de dezembro de 1984 e o país foi declarado área livre da doença. Em relação aos animais vivos e material genético importados, é mantido o sistema de quarentena na Estação Quarentenária de Cananéia (EQC), em São Paulo, de onde só são liberados após a confirmação de sua sanidade.