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Mercado Global

Rabobank: Perspectivas para aves e suínos em 2017

China deve estabilizar suas compras em 2017 em patamares significantemente altos. No setor de frango, produção chinesa deve cair cerca de 10% e, com isso, as importações devem crescer acima de 30%.

Rabobank: Perspectivas para aves e suínos em 2017

AveSuiMaior competitividade da carne bovina e redução das cotações dos grãos devem limitar a alta dos preços do frango e da carne suína em 2017. Entretanto, boas expectativas para as exportações devem manter as cotações firmes no mercado interno.

O Rabobank espera que em 2017 o ambiente seja mais favorável para as indústrias de aves e suínos com operações no Brasil, se comparado ao ano de 2016. A indústria deve beneficiar-se, principalmente, das exportações, além de um ambiente econômico interno mais favorável para o consumo de carnes, ainda que a recuperação do poder de compra tenda a ser lenta, com maior intensificação apenas no segundo semestre.

Porém, é importante mencionar que, com um ambiente de maior estabilidade em 2017, o real certamente não atingirá os patamares observados em 2016 – que seguramente contribuíram para o excelente resultado das exportações. Contudo, a demanda ainda aquecida no sudeste asiático deve sustentar as exportações brasileiras de carnes.

A China, por exemplo, após aumento superior a 100% nas importações de carne suína em 2016, deve estabilizar suas compras em 2017 em patamares significantemente altos. No setor de frango, produção chinesa deve cair cerca de 10% e, com isso, as importações devem crescer acima de 30%.

Apesar do cenário positivo no sudeste asiático para 2017, alguns desafios persistem em outras regiões. O primeiro deles permanece sendo a exposição brasileira ao mercado russo, particularmente para a carne suína. Apesar de ter recuado em 2016 (de cerca de 45% em 2015 para cerca de 30%), ainda permanece elevada. Isso pode representar um risco alto, já que a Rússia mantém uma estratégia de ser autossuficiente na produção de proteína animal no médio prazo, o que deve ser traduzido em uma redução gradual de suas importações nos próximos anos.

Além disso, com um aumento previsto da capacidade de abate nos Estados Unidos, a produção de carne suína norte-americana deve crescer +4% e a produção de frango deve crescer em torno de +2% em 2017, aumentando a concorrência no mercado internacional.