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Sinal de alerta na suinocultura mundial

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Sinal de alerta na suinocultura mundial

Os casos de Peste Suína Africana (PSA) registrados na Ásia têm deixado o setor suinícola em alerta. Os focos estão concentrados na China, maior produtor e consumidor de carne suína do mundo, mas já chegaram a vizinhos como o Vietnã e a países europeus, como Romênia e Bélgica. O medo é que se perca o controle e o caso se torne uma pandemia, extrapolando áreas endêmicas. A enfermidade não afeta seres humanos, infectando apenas os suínos. Por outro lado, não existe uma vacina efetiva para o seu controle, que tem de ser feito com duras medidas de biosseguridade e ações de contingenciamento.

O Rabobank traçou alguns possíveis cenários, a partir do controle da enfermidade na China. As perdas nos plantéis chineses podem chegar até a 20%, se o surto só for debelado no final deste primeiro semestre, por exemplo. A queda na produção interna do país irá resultar em uma maior demanda, o que fará com que os chineses ampliem consideravelmente suas importações. Isso pode ser benéfico para o Brasil, do ponto de vista que poderia atender a uma parte dessa demanda com suas exportações. Por outro lado, é preciso ficar atento ao impacto que as notícias de PSA terão sobre o consumidor do país asiático. Muito embora não afete seres humanos, noticiários deste tipo costumam levar as pessoas a migrarem momentaneamente para outras proteínas. Além disso, pode ocorrer uma alta interna de preços do produto.

No Brasil, que não tem registros recentes da enfermidade (houve casos em 1978), a recomendação é para ampliar a biosseguridade das granjas, assim como para atender a todos os protocolos estabelecidos quando da importação de sêmen ou animais vivos. Isso porque risco zero não existe, sendo necessária a adoção de todos os cuidados para evitar a entrada do vírus no país, o que se mostraria uma tragédia para a suinocultura local. Por isso, biosseguridade é mais do que essencial.

 

Boa leitura a todos!

Humberto Luis Marques