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Suinocultura teme crise ainda maior no segundo semestre

No estado de São Paulo a alta dos custos de produção provocou o descarte de pelo menos quatro mil matrizes

Suinocultura teme crise ainda maior no segundo semestre

O preço pago ao produtor pelo suíno vivo subiu 33% em um mês em São Paulo. A alta não deixa o criador animado, já que o setor prevê encerrar o ano com prejuízos. O vilão da atividade continua sendo o milho, que compõe 70% da ração servida ao plantel. No início de 2015, por exemplo, o produtor pagava em média R$ 30 pela saca de 60 quilos. Hoje, não negocia por menos de R$ 47.

Só em São Paulo, que concentra 70 mil matrizes, o Sindicato dos Criadores de Suínos do Estado estima que as dificuldades do setor motivaram o abate de pelo menos quatro mil matrizes nos últimos sete meses. “A gente vive um buraco na oferta de suíno neste momento. Nós não temos certeza de que nos próximos cinco meses vamos conseguir apagar esse prejuízo dos últimos sete meses. No nosso modo de entender, 2016 termina no vermelho para o setor”, lamenta o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira Junior.

O cenário da suinocultura brasileira é ruim e especialistas garantem que pode ficar ainda pior com a oferta de milho cada vez mais apertada. Como o mercado do grão só deve se equilibrar em 2017, quem entende do assunto tem aconselhado o produtor a fazer estoques do insumo.