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Acordo de Carne Suína - Por Losivanio Luiz de Lorenzi

Losivanio presidente da ACCS relata sua experiência na viagem ao Japão.

Acordo de Carne Suína - Por Losivanio Luiz de Lorenzi

A missão do Governo do Estado que foi a Tóquio contou com um representante dos suinocultores. Participar da Comitiva Catarinense e representar os produtores foi de extrema responsabilidade. Avalio que todos os encontros foram importantes para o conhecimento desse mercado. Durante a reunião na JETRO (Japan External Trade Organization), que trabalha o mercado externo, conhecemos a maneira que o Japão atua com o mercado internacional, incentivando a instalação de novas empresas, através da disponibilidade de uma sala com dois ou três lugares gratuitamente para 50 dias úteis com internet para que os interessados em abrir mercado no País possam ter conhecimento do mercado e o operacionalizar sem grandes investimentos até que consigam se manter com seus próprios recursos. Isso demonstra a necessidade do Japão em importar produtos de todas as linhas. Nesta reunião foram esclarecidas as dúvidas sobre o mercado de carne suína quanto a importação referente à SC, das quais o Japão importou em 2012 um total de 518 mil toneladas de carne congelada que é o mercado que SC vai disputar com os U.S.A, Canadá, Dinamarca e México. Isso mostra que teremos que ser muito competentes desde a produção até a negociação com os importadores para convencer que nossa carne é realmente diferente e se sobrepõe a qualidade destes.

Outro fator que preocupou os exportadores é o fato de haver uma tarifa de importação (Gate Price) que, dependendo do valor por tonelada é alterada para proteger os seus produtores de suínos, quanto mais barato for comercializada a carne, maior será a tarifa de importação. Para os Países que possuem acordo comercial, esta tarifa é somente de 50% dos valores normais, aumentando os custos para quem esta fora deste acordo.

No Seminário Brasil-Japão, o Governador de SC, João Raimundo Colombo, fez a abertura mostrando o potencial que SC tem para com aquele mercado em relação à carne suína, ele também enfatizou a importância da colonização Japonesa em SC na produção de maçãs e vinhos de altitude. Em seguida, o presidente da FIESC, Glauco Cortes, falou sobre a economia catarinense, destacando que o Japão esta em 5º lugar como importador da indústria catarinense com o volume de US$ 515 milhões de dólares e na exportação para o Estado ocupa o 14º lugar. O Presidente da ABIPECS, Rui Vargas, fez sua apresentação destacando o potencial brasileiro na produção integrada e as vantagens do setor. O Diretor Executivo do Sindicarnes, Ricardo Gouvêa, enfatizou os diferenciais que SC possui quanto a produção de suínos, por ser Livre de Febre Aftosa sem Vacinação. E para finalizar o Seminário, representantes do Banco do Brasil fizeram uma apresentação dos serviços prestados naquele País aos Brasileiros e importadores Japoneses. Estima-se que hoje no Japão, cerca de 320 mil brasileiros estejam morando no País. Após o término do Seminário houve uma (Net Working) conversa com os empresários japoneses e brasileiros para troca de informações para futuros negócios.