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Economia Agro

Agronegócio está aquecido e tem aumento de 18% nos pedidos de empréstimo

“Para aproveitar o bom momento e seguir em expansão, empresas do setor agropecuário recorreram às linhas de crédito PJ”, explica  diretor de crédito e cofundador da BizCapital

Agronegócio está aquecido e tem aumento de 18% nos pedidos de empréstimo

O avanço da vacinação trouxe expectativas de melhora para as pequenas e médias empresas em todo país. Mas, mesmo antes disso, alguns setores foram na contramão da crise e continuaram superaquecidos.

Uma pesquisa feita pela BizCapital, fintech de soluções financeiras para micro e pequenas empresas, mostrou que o setor agropecuário foi o que mais apresentou crescimento nos pedidos de empréstimo para empresas durante a pandemia.

De abril do ano passado a maio de 2021, o segmento teve um aumento de 18% nas solicitações de crédito PJ quando comparado com o período de abril/2019 a março/2020.

“Todos os segmentos da cadeia produtiva do agronegócio brasileiro tiveram alta em 2020. E para aproveitar o bom momento e seguir em expansão, empresas do setor recorreram às linhas de crédito PJ”, afirma Cristiano Rocha, diretor de crédito e cofundador da BizCapital.

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o agronegócio gerou mais de 100 mil empregos formais entre os meses de janeiro e outubro de 2020.

Embora também tenham ocorrido prejuízos aos produtores rurais, o agronegócio ajudou o Brasil a crescer na pandemia e, para o executivo, esse foi um dos motivos que explica o crescimento nos pedidos de empréstimos do setor.

Sudeste lidera procura

Ainda de acordo com o estudo, o sudeste foi a região que mais recorreu ao empréstimo para empresas, registrando um aumento de 29% entre abril/2020 a março/2021, quando comparado com o período de abril/2019 a março/2020.

Em contrapartida, o sul teve uma queda de 25% na média mensal de busca por crédito PJ em comparação aos mesmos períodos.

São Paulo, Minas Gerais e Bahia foram os estados que apresentaram o maior aumento na procura por crédito durante o período de análise, chegando a 33%, 32% e 31%, respectivamente.

“A expectativa das PMEs era começar o ano com um crescimento satisfatório, mas infelizmente, para muitos empreendedores, a realidade foi outra. Mas a boa notícia é que já podemos perceber, aos poucos, sinais de retomada dos pequenos negócios. Não à toa, segundo o Sebrae, 70% dos trabalhos de carteira assinada criados no primeiro trimestre de 2021 foram nas pequenas empresas”, finaliza Rocha.