Alívio na inflação global de alimentos com a queda de grãos
Os futuros de milho, trigo e soja recuaram em Chicago com a retomada das negociações após um fim de semana de feriado nos EUA
Uma queda nos preços de grãos e óleos vegetais traz algum alívio à inflação desenfreada de alimentos à medida que operadores do mercado de commodities avaliam dados de safras e a perspectiva de recessão em algumas das principais economias do mundo.
As colheitas de trigo começam em todo o hemisfério norte e os analistas continuam a aumentar suas estimativas de produção para alguns produtores-chave, como a Rússia, após clima favorável.
A perspectiva de recessão também pesa nos preços das commodities agrícolas, segundo a Agritel.
O óleo de palma, amplamente usado na indústria de alimentos mundial, entrou recentemente em um mercado de baixa após a Indonésia aumentar as exportações.
Os declínios podem oferecer algum alívio para os consumidores globais que enfrentam custos de vida cada vez maiores e insegurança alimentar crescente.
O índice de preços de alimentos das Nações Unidas caiu de um recorde em março, depois que a invasão da Rússia sufocou as exportações da Ucrânia, um dos principais exportadores de grãos e óleo vegetal.
“Há sinais de que a crise alimentar global pode estar chegando ao seu pico”, disse Chua Hak Bin, economista do Maybank Investment Banking Group. Ele acrescentou que a queda do óleo de palma reduzirá a pressão sobre os preços do óleo de cozinha.
Os futuros de milho, trigo e soja recuaram em Chicago com a retomada das negociações após um fim de semana de feriado nos EUA. O trigo também caiu em Paris.
O óleo de palma negociado na Malásia registra queda de mais de 30% de seu pico no final de abril.
No entanto, preocupações com o clima e com as exportações ucranianas podem voltar a pressionar os preços mais para frente.
Uma agência da União Europeia reduziu suas perspectivas para os rendimentos de trigo do bloco para abaixo da média por conta de calor e seca.
A seca também continuará sendo uma preocupação na maior parte do cinturão de milho e soja dos EUA no início de julho, de acordo com a Maxar.
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