Autossuficiência na produção de alimentos passa pelo congresso
Sem conseguir explorar as riquezas que se encontram debaixo do solo, o Brasil permanece dependente de fertilizantes e defensivos importados e à mercê de instabilidades geopolíticas que podem colocar em risco o fornecimento de alguns desses produtos
A escalada dos preços dos insumos para a próxima safra é a grande preocupação para os produtores de soja para 2022. Esse aumento é resultado de um conjunto de fatores externos e internos. Em escala global, ainda enfrentamos os reflexos na economia causados pela pandemia, entre eles problemas logísticos, fretes marítimos nas alturas e crise energética.
O problema se agrava quando, sem conseguir explorar as riquezas que se encontram debaixo do solo, o Brasil permanece dependente de fertilizantes e defensivos importados e à mercê de instabilidades geopolíticas que podem colocar em risco o fornecimento de alguns desses produtos.
O aumento dos preços também preocupa quem cultiva milho e coloca em risco a safra de verão, a chamada “safrinha”, hoje a mais importante dentro do ano agrícola, que já responde por cerca de 75% da produção nacional do cereal. Infelizmente, esta tendência para os preços deve continuar nos próximos meses, pois não há mudanças previstas no curto e médio prazo.
Para quem pensa em adquirir os fertilizantes para a safra 2022, as perspectivas para os nitrogenados nas próximas semanas não são animadoras.
De acordo com projeções da consultoria Pátria Agronegócios, a variação média dos fertilizantes mais usados na soja já está superior aos 145% em um ano.
A ureia lidera as altas, chegando a patamares próximos a R$ 5 mil por tonelada. O cloreto de potássio (Kcl) já acumula 175% de altas em relação ao início da safra em 2020. Seu preço mais do que triplicou em 2021 – começou o ano sendo negociado, em média, a US$ 250 a tonelada e agora está em torno de US$ 770 por tonelada.
Os valores para compra continuam em expansão, resultado da crise política de Belarus, que é um importante fornecedor global. O país do leste europeu é responsável por 1/4 da produção mundial de cloreto de potássio e alguns países estão impondo sanções a Belarus, causando profundos impactos no comércio do nutriente.
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