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Baixo custo com o milho

A correta granulometria do milho na ração pode diminuir os custos de produção na suinocultura.

Redação SI 02/08/2002 Estudos realizados pioneiramente no Brasil sobre granulometria – método de análise que possibilita classificar as partículas de uma amostra pelos respectivos tamanhos e medir as frações correspondentes a cada tamanho (Diâmetro Geométrico Médio-DGM) – por pesquisadores da área de nutrição da Embrapa Suínos e Aves esclarecem que a redução no DGM das partículas de milho de, aproximadamente, 1000 para 500 micrômetros, promove benefícios no desempenho dos suínos em relação à diminuição do consumo de ração e melhoria na conversão alimentar, sem afetar o ganho de peso. De acordo com os pesquisadores, o fornecimento de ração com milho em DGM de 509 ou 645 micrômetros proporciona uma economia entre 20 a 27 quilos de ração por suíno para mesmos peso e idade de abate, quando comparado ao fornecimento de ração com milho em DGM de 799 a 1026 micrômetros.Praticada em sua maioria por pequenas e médias propriedades familiares que produzem grande parte do milho consumido pelos animais, a suinocultura poderá ser muito beneficiada com a adoção desse procedimento. O uso correto das peneiras nos trituradores de milho permite aos produtores o fornecimento de rações que serão melhor absorvidas pelo trato digestivo dos animais. A adoção dessa recomendação reduz o custo de alimentação em R$6,52 por suíno terminado, item de maior peso no custo total da produção.Para se ter uma idéia do impacto econômico oriundo da incorporação dessa tecnologia na propriedade, o pesquisador Ademir Girotto, economista, explicou que, hoje, 90% dos animais abatidos na Região Sul são alimentados com rações cujo DGM foi estabelecido baseado nas orientações da Embrapa Suínos e Aves. “Se apenas 5% dos suínos abatidos inspecionados da Região Sul (15.356.300 em 2001) tivessem sido alimentados com ração cujo DGM estivesse dentro da faixa de 509 a 645 micrômetros seria possível o total de 767.815 animais beneficiados pela adoção da tecnologia. Considerando a menor economia de ração encontrada (20kg/suíno abatido) e que o custo médio da ração (Julho/2002) é de R$0,326 por quilo, a economia por suíno terminado seria de R$6,52. Aplicado anualmente o percentual estimado (5%) sobre o total de suínos abatidos na região sul, seria possível uma economia de 15.356 toneladas de ração. Isso corresponde a R$5.006.153,80 de economia para os produtores”.Além disso, essa tecnologia atua no meio-ambiente pela redução dos dejetos e pela economia de energia elétrica porque a utilização das partículas do milho na ração em tamanho ideal, melhora a digestibilidade dos alimentos para os suínos e isso diminui o desperdício de nutrientes nas fezes. E, ainda, há que se considerar a redução do tempo e da energia gasta na trituração dos grãos que possibilita economia de água na geração de energia elétrica.Informações adicionais sobre esse assunto podem ser solicitadas junto à Área de Negócios para Transferência de Tecnologia da Embrapa Suínos e Aves pelo telefone (49)442.85.55/Ramal 319 ou E-mail [email protected]