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Brasil precisa melhorar auto-estima

Congresso Brasileiro de Marketing Rural revela as estratégias para o agronegócio brasileiro.

Da Redação 12/03/2002 – A baixa auto-estima dos brasileiros, notadamente do agribusiness, retarda a construção de marcas fortes nacionais e, conseqüentemente, inibe a potencialidade dos negócios tanto no mercado interno como externo. Essa foi uma das primeiras conclusões da abertura do VII Congresso Brasileiro de Marketing Rural, promovido pela Associação Brasileira de Marketing Rural (ABMR), ocorrido ontem (11) em São Paulo. O evento continua hoje (12) e entre os seus objetivos está, justamente, o de criar mais business no agribusiness.

Para o presidente da ABMR, Nivaldo Carlucci, o problema começa na visão inadequada dos produtores que encaram o marketing como despesa e não como investimento, exatamente no momento em que o mercado exige maior diferenciação. “Somos os maiores produtores de café, açúcar, frutas, carnes e sucos e exportamos um terço de nossa produção, nem por isso somos reconhecidos no exterior porque não temos marcas fortes”, exemplificou.

Representando o secretário da Agricultura de São Paulo, João Carlos Meirelles, o secretário geral José Sidnei Gonçalves, falou que o agronegócio já é estaque na estratégia das economias continentais até porque representam 40% do PIB na cadeia produtiva que envolve os processos da fazenda à mesa. A seu ver, o agronegócio brasileiro venceu a primeira fase da competitividade e agora enfrenta o desafio da qualidade superior, onde o marketing é o instrumento moderno da guerra comercial. “Só assim o Brasil vai conquistar o espaço que merece no cenário internacional”, concluiu.

Já o secretário de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura e Abastecimento, Pedro de Camargo Neto, representando o ministro Pratini de Moraes, finalizou a abertura oficial do evento dizendo que o setor vive hoje o desafio do marketing porque o consumidor evoluiu e está disposto a pagar pela qualidade certificada que começa na fazenda, passa pela gôndola e chega ao prato, cabendo aos profissionais do marketing transmitirem o conceito da qualidade pela sua origem. A seu ver, o desafio é fazer brotar da terra marcas fortes.