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Cada suinocultor pode calcular custo de produção dos suínos

<p>A Embrapa desenvolveu uma metodologia de calculo de suínos, desde 1983.</p>

Redação SI (09/03/07)

“Então nós voltamos cinco meses no tempo, para efeito de cálculo de custo, calculando o custo de tudo o que foi consumido em cada mês, levando para o mês seguinte com cálculo de correção monetária. Na hora de entregar o animal para o abate nós vamos ter o custo mais aproximado possível da verdade daquele animal. Este custo está sendo calculado em 11 estados brasileiros, juntamente com na CONAB”, destaca.

O pesquisador salienta ainda que este cálculo, o produtor pode fazer na propriedade, se quiser fazer manualmente existem publicações de metodologia de cálculo de forma simples. De posse desta metodologia que está disponível na Embrapa, ou um programa que está disponível no site da Embrapa Suínos e Aves, “onde existe o manual, a metodologia e pode com seus coeficientes, fazer o cálculo de qualquer tipo de suíno, de leitões até o desmame, de creche, ciclo completo e de terminadores de 80, 100, 120 e140 quilos de engorda. Ou seja: cobre todos os tipos de produtores que existem no país. O programa é gratuito”.

Girotto destaca porém que cada suinocultor, através de suas criatividade, pode reduzir os gastos com a produção. “Não adianta pegar o cálculo de custo de produção, olhar os números, ver que está bem e são reais, dando noção do que custa produzir um suíno, se ele, mesmo obtendo lucro, não busque estudar aqueles números e tentar entendê-los para baixar os custos naquilo que é possível ele fazer”. Observa ainda que alguns itens não têm como o produtor mexer sozinho. Mas têm alguns que ele pode sim mexer na propriedade, “onde o produtor é o rei”.

Por exemplo. Obtenção de material genético, um animal ofereça uma conversão alimentar melhor. Utilização de um programa de alimentação para não oferecer ração demais às matrizes em fase de gestação nem de menos em fase de aleitamento. Um programa bem ajustado para cada fase do período de reprodução da fêmea. Da mesma forma para os machos. Não oferecer ração demais para que eles não fiquem pesados demais de provoquem problemas nas fêmeas como aplumo. Os leitões da mesma forma. Equipamentos adequados, comedouros que não desperdicem ração, pois 60 a 70 % dos custos estão no item ração.

“O produtor precisa estudar e ver no que ele pode reduzir os custos.

Sempre é possível reduzir alguma coisa e ele precisa buscar uma forma de minimizar os custos e transformar prejuízos em lucro, mesmo que seja pequeno”, finaliza.

 – Esta metodologia vem sendo aperfeiçoada, desde então. A pedido da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, ACCS, o que está se buscando a partir de agora, é obter o resultado, o custo do animal que está sendo entregue para o abate. Ou  seja, “o produtor cria o animal durante cinco meses de engorda e no momento em que ele entregando para o abate ele precisa saber quanto custou”, explica o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Ademir Girotto.