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Exportação

China abre mercado para o farelo de soja brasileiro

Falta apenas o país asiáticos habilitar as plantas que poderão exportar o derivado  

China abre mercado para o farelo de soja brasileiro

A China abriu seu mercado para o farelo de soja do Brasil. Principal comprador do grão brasileiro, o gigante asiático deu aval ao derivado em uma reunião da subcomissão da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), no fim de junho.

A abertura já foi oficializada e não depende de nenhuma publicação. Resta apenas a habilitação, pelos chineses, dos estabelecimentos aptos a exportar o farelo de soja — o que ocorrerá sem missão dos asiáticos, mas por indicação do Ministério da Agricultura brasileiro.

Além do farelo de soja, houve autorização também para o início das exportações de amendoim sem casca, polpa cítrica, proteína concentrada de soja e soro fetal bovino. As negociações para os embarques de milho brasileiro, como já informou o Valor, estão acertadas para a safra que será colhida em 2023, pois dependem do monitoramento de pragas e doenças nas lavouras e da habilitação dos exportadores.

As informações foram confirmadas pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura. Em maio, o Valor informou que havia a intenção do governo brasileiro de avançar nas tratativas para exportação de farelo de soja, depois de uma reunião do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, com integrantes do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).

Nesta semana, o ministro da Agricultura, Marcos Montes, afirmou que a China tem interesse em comprar milho “imediatamente” do Brasil, o que poderia ser autorizado de forma extraordinária. As equipes técnicas de ambos os países conversaram nessa semana, mas não houve definições. O debate se concentrou na área animal, para alinhar de auditoria de estabelecimentos.

A abertura para o farelo de soja é avaliada no ministério como fruto da relação próxima que vem ocorrendo nos últimos meses com a área vegetal das autoridades chinesas.

A Pasta vai chamar o setor produtivo nacional para explicar os próximos passos para iniciar as exportações. A iniciativa privada queria essa abertura há alguns anos, por conta do valor agregado do farelo em relação ao grão.

A Pasta vai chamar o setor produtivo nacional para explicar os próximos passos para iniciar as exportações. A iniciativa privada queria essa abertura há alguns anos, por conta do valor agregado do farelo em relação ao grão.

“Vai depender mais da demanda chinesa. Eles podem querer grão por conta da indústria e não comprar farelo. Oferta a gente resolve aqui. A questão é demanda”, disse o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), André Nassar.