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Nutrição

China avança em pesquisa de proteína sintética para alimentar criações

Ao menos 10 outras startups de todo o mundo também estão usando a biologia sintética para criar ração animal 

China avança em pesquisa de proteína sintética para alimentar criações

Pesquisadores chineses dizem ter descoberto uma maneira de produzir uma proteína para alimentar criações com monóxido de carbono, o que está sendo louvado como um avanço que poderia ajudar a diminuir a dependência do país dos grandes volumes de soja importada.

A China é, de longe, a maior compradora mundial de soja, importando cerca de 100 milhões de toneladas por ano para transformá-la em ração rica em proteína para criações de porcos e aves.

Mas uma porção desta soja um dia pode ser substituída por proteína sintética.

O Instituto de Pesquisa de Ração da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas (Caas) diz que trabalha com a Tecnologia Biológica Shoulang de Pequim para acelerar um processo de fermentação de gás de forma a criar uma proteína de célula única que poderia alimentar os animais, de acordo com um relatório publicado no domingo em um site aos cuidados do Ministério da Agricultura e dos Assuntos Rurais.

A equipe começa a operar uma instalação na província de Hebei, no norte chinês, para transformar um gás de produção de aço em cinco mil toneladas de proteína por ano, segundo o estatal Diário do Povo.

A proteína produzida foi aprovada pelo Ministério da Agricultura como ração para os animais, segundo o relatório. Não foram divulgados detalhes sobre os custos de produção.

Ao menos 10 outras startups de todo o mundo também estão usando a biologia sintética para criar ração animal empregando gases de queima como matéria-prima para bactérias ou outros microrganismos ricos em proteínas.

Entre estas se encontra a britânica Deep Branch, que almeja transformar o dióxido de carbono emitido por uma usina elétrica em proteína para peixes e aves.

Sediada nos Estados Unidos, a Calysta tem uma parceria com a gigante agrícola Cargill para uma usina de produção de proteína de célula única de 200 mil toneladas no Tennessee.

Os esforços chineses poderiam ser uma solução para a “dependência externa excessiva de proteína para ração, uma das maiores limitações da agricultura da China”, disse o tabloide de apoio estatal Global Times.