Os preços comercializados do quilo do suíno vivo estão indo de “vento em popa”, resultado do equilíbrio entre oferta e demanda. Surpresos com melhora considerável dos preços, suinocultura agora precisam lutar para manterá rentabilidade.
No mercado paulista, o valor de bolsa saltou de R$ 3,63, na primeira semana de julho, para R$ 4,42. Em Minas Gerais, a bolsa definiu em R$ 4,60/kg animal vivo (ante R$ 3,60 – julho). No Rio Grande do Sul o aumento foi de R$ 0,07, resultando em R$ 3,80 (ante R$ 3,46). O Paraná também elevou os preços, nesta semana o animal comercializado está em R$ 3,90 (ante R$ 3,40 – julho). Já em Santa Catarina, os preços permaneceram estáveis nesta semana, R$ 3,80, porém, na comparação mensal também houve melhora – em julho, os suinocultores catarinenses estavam negociando o animal em R$ 3,15.
Apesar da estabilidade, conforme pesquisa da Associação Catarinenses dos Criadores de Suínos (ACCS), a expectativa é de que haja reação nas vendas durante a semana, já que no próximo domingo (13/08) é feriado de Dia dos Pais. . “Historicamente, a remuneração paga no mercado independente e na integração começa a aumentar a partir de agosto, quando os supermercados começam a preparar seus estoques para as festividades que ocorrerão nos próximos meses”, comentou Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da entendida. Após o próximo final de semana será possível ter uma noção exata de como o mercado interno deve se comportar, pontuou a associação.
Com a arroba cotada em R$ 81 a R$ 83, o mercado de São Paulo está surpreso com os preços nas últimas semanas. “Já estamos pagando os custos, com rentabilidade. Para nós é uma surpresa a velocidade dos crescimentos dos preços nas ultimas três semanas. Se fossemos olhar com pé no chão, não poderíamos imaginava que iria acontecer isso. Aconteceu pelo fato que dita o mercado: oferta e demanda. Houve uma redução na oferta em função do peso dos animais e isso diminuiu de 12% a 15% a oferta. Paralelo a isso, a carne suína também está surtindo como uma alternativa e os preços de hoje já são R$ 15 a mais que de trintes dias atrás. Agora a tendência é estabilidade, acomodar o mercado, e lutar para permanecer por várias semanas já que a rentabilidade no momento é satisfatória para o produtor”, explica Valdomiro Ferreira Júnior, presidente da APCS.