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Os criadores de suínos estão mais cautelosos.

Redação SI 07/04/2003 – A Rússia já retomou as importações da carne de porco brasileira, inclusive as do Estado de Santa Catarina, que sofria boicote por causa de casos de mal de Aujésky. Mas o setor ainda não está animado com a notícia.

Durante o mês de março a Rússia não comprou carne suína do Brasil porque estava definindo as cotas para o mercado mundial.

A Rússia estabeleceu que vai importar este ano 370 mil toneladas dos países exportadores. Vão disputar esse mercado a União Européia, Estados Unidos, Canadá e Brasil.

“Esse valor que a Rússia está dando como cota para todos os fornecedores, só o Brasil forneceu essa quantidade, por isso, temos a convicção do que essa cota vai ser revista no transcorrer do exercício para que nós possamos não ter nenhuma redução no Brasil nessa expectativa de exportação que julgamos necessárias e que a Rússia tem potencial para absorver”, diz o presidente do Sindicarnes, José Pedrozo.

No ano passado Santa Catarina foi responsável por mais de 70% das exportações de carne suína para a Rússia, mas este ano o Estado não exportou nenhuma tonelada, por causa de focos da doença de Aujesky.

A Rússia havia proibido a compra da cerne catarinense desde o mês de dezembro.

Agora, junto com a definição das cotas a Rússia também retirou o embargo sanitário reabrindo as portas para a carne suína catarinense.

Os criadores de suínos estão mais cautelosos. Eles esperam que essa retomada das exportações tenha como resultado a melhoria dos preços par que os suínos voltem a dar lucro.

O criador Hernani Zortea, já enfrenta uma crise que já dura 14 meses. O criador vai comemorar a reabertura das exportações quando a indústria aumentar o preço dos suínos.

“Ainda estou amargando um prejuízo hoje, em plena safra do milho e da soja em que os preços baixaram um pouco e com uma deficiência por animal de R$22,00”, diz Hernani.

O Sindicato da Indústria da carne calcula que, ano passado, o Brasil tenha exportado mais de 377 mil toneladas de carne de porco para a Rússia.