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Economia caminha para estabilização no quarto trimestre do ano

A tendência é que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país, mostre mais uma queda no terceiro trimestre e, no quarto trimestre

Economia caminha para estabilização no quarto trimestre do ano

O ciclo recessivo iniciado no segundo trimestre de 2014 caminha para a estabilização, de acordo com estudo divulgado hoje (23/09) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A tendência é que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país, mostre mais uma queda no terceiro trimestre e, no quarto trimestre, já tenha um resultado, “senão positivo, já estável”, ou seja, pare de cair. A avaliação é do economista Leonardo Mello de Carvalho, autor do estudo.

Embora o PIB do segundo trimestre tenha voltado a registrar retração, a análise do Ipea do ritmo de queda dos componentes do PIB, pelo lado da demanda e da oferta, e de outros indicadores de atividade, consegue identificar uma redução “bastante disseminada” desse ritmo de queda. “A gente consegue identificar uma desaceleração nessas variáveis, inclusive com alguns setores já apresentando desempenho positivo ao longo de 2016”, disse Carvalho. É o caso, por exemplo, da produção industrial. O setor industrial teve avanço de 0,3% no segundo trimestre, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), interrompendo sequência de cinco quedas consecutivas, o que reflete a melhora no cenário da indústria ao longo de 2016.

No lado do PIB, Carvalho destacou os resultados dos investimentos, que voltaram a crescer na comparação com o trimestre anterior, após dez períodos de queda. “Se ainda não se consegue falar que a recessão acabou, acho que dá, sim, para dizer que a economia caminha para uma etapa de estabilidade, que o pior da crise já foi superado, com base nessa trajetória de queda mais suave da maioria dos indicadores e crescimento já em alguns”, reiterou. De acordo com o Ipea, embora o PIB no segundo trimestre tenha mostrado recuo, o ritmo de retração nos dois primeiros trimestres de 2016, em termos anualizados (-2%), ficou bem abaixo daquele apresentado ao longo de 2015, quando o PIB caiu a uma taxa média anual de 5,9%.