Em tempos de alto custo de insumos, as tecnologias nutricionais ajudam a reduzir o impacto no custo de produção
Tendo em vista que a alimentação representa aproximadamente 80% do custo total da produção de suínos, para vencer os desafios, é preciso buscar alternativas que otimizem produção x custos na nutrição animal
Por muitos anos a carne suína não esteve tão presente no cotidiano da família brasileira, seja por fatores religiosos ou até mesmo culturais, no qual existia certa desvalorização em relação à qualidade nutricional e gastronômica desta proteína. Contudo, esse cenário está mudando. A alta crescente dos valores da carne bovina, somado ao conhecimento das propriedades nutricionais da carne suína e valorização do seu sabor, o mercado da suinocultura tem tido perspectivas positivas.
Atualmente, no cenário mundial, o Brasil é o quarto maior produtor e exportador de carne suína no mundo. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2021, a indústria de proteína animal registrou mais um recorde de produção, com 4,7 milhões de toneladas de carne suína produzidas. Conforme dados divulgados pelo IBGE, no ano de 2021, Santa Catarina liderou o abate de suínos com 28,5% da participação nacional, seguido pelo Paraná com 20,5% e Rio Grande do Sul participando com 17,5%.
Com o aumento da demanda por carne suína, é necessário criar mais animais no campo e, consequentemente, aumentar a produção de ração. O milho e a soja são os principais componentes da ração dos suínos. Segundo a Embrapa, desde o início do ano de 2018, o preço médio do milho subiu 200% até 2021, e o farelo de soja sofreu aumento em torno de 122%. Tendo em vista que a alimentação representa aproximadamente 80% do custo total da produção de suíno, para vencer os desafios, os suinocultores necessitam buscar alternativas na nutrição animal, tornando-se imprescindível um olhar mais cauteloso e assertivo para a ração fornecida.
A inclusão de alimentos alternativos na dieta mostra-se como uma boa opção para esses momentos. Entretanto, é preciso considerar a composição bromatológica desses ingredientes, e estar atento a digestibilidade e qualidade de cada ingrediente utilizado. Por exemplo, o uso de sorgo, que pode substituir o milho, depende de alta associação com enzimas e aminoácidos.
Leia a matéria completa na edição 305 da revista Suinocultura Industrial
Assuntos do Momento

Exportações de carne suína à China diminuem, mas envio a outros países aumenta
É importante ressaltar que a China vem diminuindo a necessidade de comprar proteína no mercado internacional
Mesmo com entrada de 2ª quinzena, preços no mercado de suínos sobem
Segundo pesquisadores do Cepea, no caso do animal vivo, esse movimento de reação é influenciado pela baixa disponibilidade de suíno em peso ideal para abate, pelo clima ameno e por eventos festivos que favorecem o consumo

Rio de Janeiro sedia o principal evento científico da suinocultura mundial
Mercado, ciência e as projeções para a suinocultura mundial serão debatidos durante o IPVS 2022

Rebanho de matrizes suínas da China tem primeiro aumento mensal em um ano
O rebanho vinha se contraindo no ano passado, já que a queda nas margens dos suínos levou alguns fazendeiros a sair do mercado

Aumento da margem de carne suína na China pode beneficiar grandes indústrias, como JBS e BRF
Após a redução no rebanho que vinha ocorrendo em função da diminuição da margem de carne suína na China, maio foi o primeiro mês de aumento do rebanho em 2022

Produção global de carne suína em 2022
Por Osler Desouzart, CEO da ODConsulting