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Espírito Santo: produção abaixo do consumo

Especial Regiões - O Estado produz menos carne suína do que consome. Um bom motivo para se investir na atividade, aposta o presidente da Ases.

Redação SI (Edição Regiões 159/2002) – A suinocultura do Espírito Santo produziu no ano passado 22 mil toneladas de carne. Essa produção não supre o consumo per capita no Estado, que é de 13 quilos por habitante. Um dado apontado pelo presidente da Associação de Suinocultores do Espírito Santo (Ases), José Puppin, como uma das vantagens para se investir na atividade. “Temos também uma facilidade maior para a exportação devido ao nosso sistema portuário, além de uma boa malha ferroviária e rodoviária”, afirma.

A suinocultura é tradicional no Estado. Veio com os imigrantes europeus que colonizaram a região e se desenvolveu, posteriormente, com a chegada de brasileiros oriundos de locais com forte produção suinícola. O Espírito Santo possui hoje pouco mais de 110 granjas, que trabalham com ciclo completo e no sistema independente. Com uma economia baseada na agricultura, a atividade se tornou uma nova fonte de renda para os agricultores.

Entre as atividades agropecuárias, a suinocultura ocupa a terceira posição. O Estado possui cinco frigoríficos com Inspeção Estadual e um com Inspeção Federal. Do seu total de produção, 65% da carne são comercializadas in natura e, o restante, vendido de forma processada.

O presidente da Ases comenta que o governo estadual oferece incentivos fiscais para a melhoria de propriedades agropecuárias, mas para o crescimento da suinocultura haveria a necessidade de melhores condições de financiamento. “É preciso que haja financiamentos com juros mais baixos e prazos mais longos”, afirma Puppin, que também acredita que uma otimização do transporte ferroviário poderia ajudar no escoamento da produção.

O Espírito Santo tem poucas áreas de produção de grãos e um pequeno espaço territorial, sendo que as regiões com melhores climas para a criação de suínos costumam ser montanhosas. Mas o Estado já foi declarado como área livre da febre aftosa com vacinação e da peste suína clássica. A Ases também tem desenvolvido um trabalho em conjunto com o Seama, órgão ambiental do Estado, para o tratamento de dejetos suínos. “Estamos com vários projetos de tratamento funcionando e muitos outros em andamento”, diz Puppin. O custo para se produzir um suíno hoje no Espírito Santo fica em torno de R$ 1,45 por quilo.

Empresas com representantes no Estado
Agroceres PIC
Agromarau
Big Dutchman
Casp
Dalland
Kepler Weber
Suin
Empresas citadas pela Associação.