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Saldo positivo

Exportações de carne suína em maio superam média de abril

Bom desempenho das exportações, contudo, pode ser reflexo das mudanças de metodologia dos dados da balança comercial

Exportações de carne suína em maio superam média de abril

As exportações de carne de porco in natura contribuíram para um superávit de US$ 3,1 bilhões da balança comercial brasileira registrado nas duas primeiras semanas de maio, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). Apenas em oito dias úteis, o País exportou US$ 44,2 milhões desse produto.

Em valores monetários, a exportação de carne suína in natura em abril representou aumento de 38% sobre volume exportado em maio, levando-se em consideração a média diária. Ou seja, enquanto em abril se exportou US$ 5,5 milhões por dia, em maio esse montante chegou a US$ 4 milhões.

Na comparação com maio de 2017, o avanço nas exportações do produto foi de 8,2%. Naquele período, o País enviou ao mercado externo US$ 5,1 milhões em carne de porco in natura por dia.

O avanço nos valores exportados, contudo, não foi igualmente acompanhado pelo volume. Nas duas primeiras semanas de maio, o Brasil enviou ao exterior 15,2 mil toneladas de suínos in natura. Isso representa média de 1,9 mil t por dia, o que supera em 14,9% a 1,7 mil t diária de abril.

Avaliação

O bom desempenho das exportações da carne suína in natura brasileira, contudo, pode ser reflexo das mudanças de metodologia dos dados da balança comercial adotadas pelo Mdic. Essa é a avaliação da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “A partir da adoção do novo sistema, o levantamento passou a ser realizado com o efetivo embarque, o que gera uma lacuna de tempo e um delay no cômputo da informação”, aponta a entidade.

Também de acordo com a ABPA, o avanço nas exportações de carne suína in natura pode significar uma situação momentânea dos dados, pois o cenário poderá mudar no decorrer do mês. Contudo, a entidade aguarda um saldo “significativamente positivo, decorrente do ajuste mencionado anteriormente e de eventuais incrementos de compras por mercados como China, México e África do Sul, aliado a taxa de câmbio”.

Além disso, continua a ABPA, os mercados da Ásia, especialmente China, seguem reduzindo os impactos causados pelo embargo russo, que ainda perdura. “A China vinha apresentando níveis de crescimento superiores a 100%, na comparação com o ano passado”, conclui.