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Em carta

Francisco Turra se despede da ABPA

O ex-ministro assume o conselho consultivo da entidade e passa o comando para Ricardo Santin

Francisco Turra se despede da ABPA

O ex-ministro da Agricultura, Francisco Turra, deixou o comando da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ele se despediu, por meio de carta, e ressaltou o trabalho que desempenhou à frente da entidade. “Era abril de 2008 quando cheguei à capital paulistana para uma das mais desafiadoras missões da minha vida. Naqueles dias, fui convidado por um grupo de duas dezenas das maiores exportadoras de carne de frango do país para liderar uma entidade de expressão setorial: a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef)”, escreveu.

Foram cerca de 12 anos de trajetória, que culminou na fusão entre a União Brasileira de Avicultura (UBA) e a Abef, criando a União Brasileira de Avicultura (Ubabef) e, posteriormente, a atual ABPA. Turra destaca como resultado de seu trabalho o estabelecimento do sistema de cotas junto à União Europeia, reduzindo significativamente os impactos e os custos a quem exporta. “Também, vencemos painéis contra o Bloco Europeu e a África do Sul. E abrimos aquele que se tornaria o nosso principal mercado: a China”, afirma.

O agora ex-presidente da ABPA aponta que em 2007 a entidade tinha 23 associados e agora são 140 empresas dos mais variados perfis. “Adquirimos uma unidade própria na capital paulistana, com mais de 500 m². E, hoje, estamos sediados em três países: Brasil (São Paulo e Brasília), Bélgica e China”, conta.

Turra ressalta que o empenho de todos permitiu a ampliação das exportações de carne de frango em quase 1 milhão de toneladas, chegando a 4,2 milhões.  Em carne suína, o país chegou a 750 mil toneladas, crescendo quase 250 mil toneladas nestes anos.

“Se consolidamos nossa liderança em exportações de aves, também expandimos nossa presença como grandes produtores, chegando à segunda posição no ranking mundial”, avalia.  De 10 milhões de toneladas, hoje país está em 13,1 milhões – 30% a mais. Nos suínos, a evolução segue patamar semelhante, indo de 2,9 milhões de toneladas para as atuais 4 milhões.

O ex-presidente também celebra a conquista dos o mercado de suínos da China e da Coreia do Sul. Também foram abertos a Índia e Porto Rico, além da Mongólia, Camboja, Mianmar e República Dominicana em aves, entre outros. Ainda se viabilizou a genética avícola do Brasil para grandes importadores, como Marrocos, México e Taiwan.

“Sinto, também, alegria por saber que essa trilha será continuada pelo Ricardo Santin, meu aliado desde o início e que teve papel decisivo em transformar sonhos em realidades. Para mim, a confiança em sua condução significa um prêmio e um reconhecimento”, acrescenta Francisco Turra.