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G-20 se reúne hoje e amanhã em Brasília

O principal objetivo da reunião é demonstrar para os países desenvolvidos que o G-20 continua coeso e vai se manter ativo na defesa dos interesses de seus sócios.

Da Redação 11/12/2003 – 06h20 – O ano terminará sem avanços nas negociações agrícolas em curso na Organização Mundial do Comércio (OMC). Na próxima semana, em mais uma reunião dos membros da organização a expectativa é que o impasse continue.

“Não se chegará a resultados muito substanciais, não só em agricultura, mas nos outros temas também”, afirmou o subsecretário-geral de Assuntos de Integração, Econômicos e de Comércio Exterior, Clodoaldo Hugueney, ao comentar as expectativas do encontro da próxima semana, que acontece em Genebra. 

Hoje e amanhã, o Brasil sediará a segunda reunião ministerial do G-20 (antigo GX), grupo de países em desenvolvimentos que pressionam os países desenvolvidos, principalmente a União Européia e os Estados Unidos, a liberarem seus mercados agrícolas. O encontro, que inclui uma reunião com o comissário europeu para Comércio, Pascal Lamy, e com o diretor-geral da OMC, Supachai Panitchpakdi, tem como principal objetivo demonstrar para os países desenvolvidos que o G-20 continua coeso e vai se manter ativo na defesa dos interesses de seus sócios.

Participarão como membros do G-20 18 países. O Equador também estará em alguns dos eventos como observador. O G-20 mudou de nome tantas vezes quanto mudaram o número de membros.

Na reunião ministerial de Cancún, em setembro, chegou a contar com 23 sócios e passou a ser chamado de G-23. Com a saída de alguns, passou a ser G20-plus. Finalmente, para evitar maiores confusões, o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) passou a se referir ao grupo como GX.

Em recente reunião em Genebra, o grupo foi definitivamente batizado de G-20. O número não é mais referência à quantidade de membros, mas à data de 20 de agosto, quando foi entregue a OMC a sua proposta de liberação agrícola.

Embora com menos membros que no passado, Hugueney disse que o G-20 “é reconhecido em toda a imprensa como o fato novo mais importante ao criar uma nova força dentro da negociação”. Segundo ele, a pressão dos países ricos para a saída de alguns sócios é a prova que o grupo é importante e incomoda. 

Hugueney afirmou que espera de Lamy, amanhã, uma explicação sobre em que pontos a União Européia está disposta a ceder nas negociações agrícolas da OMC. Os europeus tem apresentado as reformas que pretendem levar adiante no seu sistema agrícola como uma demonstração de flexibilidade do seu mercado.