Grupo da UFSM identifica crescimento da lavoura de soja no Sul de Minas Gerais
O cultivo da oleaginosa ganha espaço substituindo pastagens, devido à valorização do grão, em uma região apontada como nova fronteira agrícola
Integrantes da equipe FieldCrops, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e da startup Crops Team, incubada na Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec) da própria UFSM, estão percorrendo as principais regiões produtoras de soja do país para acompanhar o andamento da Safra 2020/2021.
A chamada “Tour Fincas Soja Brasil” iniciou o levantamento pelos Estados da região Sul no dia 09 de janeiro. As análises iniciais indicaram, segundo material divulgado pela universidade, grande parte da área produtiva de soja com atraso na semeadura, devido a períodos de estiagens em outubro e início de novembro. No sul de Minas Gerais, a equipe identificou a introdução da soja no sistema produtivo em áreas que eram de pastagem, devido à valorização do grão.
O professor Alencar Zanon, coordenador da Equipe FieldCrops, destaca que essa nova fronteira agrícola é caracterizada por um relevo ondulado, com altitude próxima aos 1.000 m, com ocorrência de chuvas regulares (acumulados acima de 2.000 mm de setembro a abril) e inverno com possibilidades de ocorrência de geadas. “Apesar de estarmos a 1.500 km do Rio Grande do Sul, observamos que as cultivares atualmente semeadas são as mesmas das lavouras gaúchas. Outro momento marcante foi a visita em uma propriedade rural localizada em Minduri (MG), gerenciada por uma dentista e um médico, que estão entrando fortemente com a cultura da soja em suas áreas”, afirmou, em nota da UFSM.
No Estado de São Paulo, as equipes realizaram avaliações do projeto “Qual a melhor cultivar para sua lavoura?” no sistema de produção soja-cana, que vem ganhando força nas últimas safras, devido à renovação de canaviais e à valorização da cultura da soja. As lavouras se encontravam no florescimento ao início do enchimento dos grãos, com ótimo desempenho, mostrando alto potencial produtivo, com exceções de algumas áreas que enfrentaram irregularidades das chuvas.
Segundo divulgação da UFSM, no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso foi observado também atraso na semeadura, devido à falta de chuvas. No sul do Pará, o que marcou as equipes foi a expansão e abertura de áreas com soja em áreas de pastejo. “Cinquenta anos após a migração dos gaúchos para o Centro-Oeste brasileiro, encontramos colonos do Sul do Brasil com muita coragem e forjados pelo trabalho duro, buscando oportunidades de produzir soja com menor risco de deficiência hídrica. Por incrível que pareça, cinco décadas após, os desafios continuam muitos similares, como dificuldades de acesso às lavouras, armazenamento e escoamento da produção, o que podem ser agravadas pelo excesso de chuvas no período da colheita”, relata Zanon.
Participaram da viagem, além de Zanon, os alunos de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Agronomia (PPGAgro) da UFSM Eduardo Lago, Eduardo Winck e Alexandre Alves e o CEO da Crops Team Michel Rocha da Silva.
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