Holanda apresenta inovações em tecnologia agroalimentar ao Brasil
Uma comitiva holandesa desembarca hoje (19/11) no Brasil e segue até o dia 23 de novembro, trazendo autoridades como o príncipe Orange e a princesa Máxima, o ministro de Comércio Exterior e Desenvolvimento e representantes de 175 empresas e institutos da Holanda. O objetivo é estreitar relações comerciais e compartilhar conhecimentos em áreas como a agricultura do Brasil.
Inovações no ramo agroalimentar estão em pauta. Segundo informações do governo holandês, o país ocupa hoje o segundo lugar no mundo em exportações de produtos agroalimentares, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2011, as exportações agrícolas holandesas foram avaliadas em aproximadamente R$ 192 bilhões (9% a mais em relação a 2010). O setor de agronegócios holandês, assim como acontece no Brasil, fornece uma importante contribuição para a balança comercial positiva do país.
A missão oficial passará por Brasília, São Paulo, Ribeirão Preto e Rio de Janeiro. Entre os diversos compromissos estão um encontro com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, e a participação no seminário "O Futuro da Indústria Alimentar", na USP de Ribeirão Preto. O seminário abordará o desenvolvimento sustentável do agronegócio no Brasil, tendo em vista a segurança alimentar mundial, o papel do conhecimento e da tecnologia, e ainda sistemas de financiamento. Serão identificadas possibilidades de cooperação Brasil - Holanda neste setor. Ambos os países são potências mundiais em agronegócio e discutirão questões importantes como a escassez de recursos e o uso sustentável da terra. Ainda em Ribeirão Preto, a comitiva visitará a empresa CRV Lagoa, uma das líderes do mercado mundial de genética bovina e, desde 1998, controlada pela CRV, empresa internacional de melhoramento genético, dirigida por cooperativas de produtores holandeses e belgas.
Participarão da missão ao Brasil 12 empresas holandesas do setor de agronegócios: AgrenNewEnergy, Agriment international, D.E. Master blenders, Farm Frites, Flevolof, Koppert, La Red Food, Metazet, Rabobank International, Duyvis Wiener, Jan Oskam BV, e WP Haton.
Durante visita ao país, no último mês de outubro, Globo Rural pode observar os grandes esforços da Holanda em trocar conhecimentos com o Brasil. Diversos estudantes brasileiros estão desenvolvendo projetos em áreas de pesquisa ou mesmo em grandes empresas holandesas e o país quer compartilhar investir neste sentido. O investimento em educação, pesquisa e desenvolvimento permite ao país ser o criador de tecnologias para a elaboração de produtos mais saudáveis e de alta qualidade, com alta produtividade. Um bom exemplo é a criação de uma tecnologia que reduz em mais de 70% a água utilizada na produção de alimentos. Entre as quarenta empresas mais influentes no ramo de alimentos e bebidas, quatro são holandesas - Unilever, Vion, Heineken e FrieslandCampina.
Internamente, a indústria agrícola representa quase 10% da economia holandesa, estando entre os três setores que mais contribuem para o PIB. O agronegócio é responsável pela criação de 660 mil empregos, diretos e indiretos.
O Brasil é o mais importante parceiro de negócios e investimentos da Holanda na América Latina. Somente em 2011, o comércio bilateral registrou US$ 15,9 bilhões, o que representa aumento de 32,6% em relação ao ano anterior. A Holanda ocupa o quarto lugar como parceiro de exportações de empresas brasileiras, sendo também um dos maiores investidores estrangeiros no Brasil.
Assuntos do Momento
Mesmo com entrada de 2ª quinzena, preços no mercado de suínos sobem
Segundo pesquisadores do Cepea, no caso do animal vivo, esse movimento de reação é influenciado pela baixa disponibilidade de suíno em peso ideal para abate, pelo clima ameno e por eventos festivos que favorecem o consumo

CNA pede mais R$ 710 milhões em 2022 para subvenção de apólices da safra verão
Segundo nota da entidade, o crédito extra é necessário para garantir a cobertura do plantio da próxima safra de verão 2022/23

Produção global de carne suína em 2022
Por Osler Desouzart, CEO da ODConsulting

Cresce a demanda por carne de frango e suína em Posadas, na Argentina
“No total mais ou menos nós argentinos consumimos 110 kg de carne por ano e agora caiu para 47 kg, segundo os últimos dados que são de 2021”, disse Mariela Bernardi, administradora do Mercado Concentrado Posadas.

Carne suína foi a única carne que teve redução de preço nos últimos 12 meses
O valor da carne suína aumentou 7,35% e o preço do frango subiu 20,26%

Brasil é um dos maiores produtores de carnes suína e de frango dos últimos 20 anos
País está entre os quatro principais produtores do mundo, junto com Estados Unidos, China e União Europeia