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Sanidade

Ileíte ganha maior importância com uso restrito de antimicrobianos na suinocultura

Especialistas defendem vacinação como melhor estratégia para combater a doença que tem aumentado seu impacto na atividade 

Ileíte ganha maior importância com uso restrito de antimicrobianos na suinocultura

O controle e a prevenção da ileíte na suinocultura é mais um dos desafios impostos à atividade diante do atual cenário de uso cada vez mais restrito de antimicrobianos. Uma doença entérica que acomete suínos nas fases mais tardias de terminação, ela é tratada justamente com estas moléculas, quadro que exige inovações da cadeia produtiva para manter elevados os índices de produtividade no campo.

Entre os principais impactos da doença no plantel estão a queda de ganho de peso e conversão alimentar, sobretudo ao final da fase de terminação, alertou o médico veterinário e professor da Universidade de Minnesota, Fabio Vannucci, durante um encontro realizado pela MSD Saúde Animal em Chapecó, Santa Catarina. Outro indicador afetado pela enfermidade apontado pelo especialista é a alta incidência de desuniformidade do lote, sobretudo em casos subclínicos.

“Ela (desuniformidade) está associada a infecção por Lawsonia subclínica. Então, são dados de comprometimento da performance ao final da terminação, que é um animal bastante valioso”, salientou Vannucci. Ele ressalta um aumento do número de casos clínicos da doença em virtude do baixo uso de antimicrobianos. “Ela (a ileíte) sempre teve um impacto significativo na suinocultura. E ganhou importância mais recentemente com a restrição no uso de antimicrobianos, a regulamentação que entrou em vigor em janeiro de 2017”, afirmou.

E foi justamente pensando neste desafio que a MSD Saúde Animal lançou a mais recente tecnologia de prevenção da enfermidade. Um evento de lançamento da Porcilis Ileitis, a primeira vacina injetável do mundo contra Lawsonia intracellularis, reuniu especialistas e lideranças do segmento para apresentar alguns dos resultados das pesquisas realizadas com esta inovação.

Outro especialista presente no encontro, o médico veterinário e professor da Universidade de Passo Fundo (UPF), Rafael Frandoloso, salientou que a vacinação é hoje a única maneira de evitar o uso de antimicrobianos. Durante sua apresentação, ele destacou estudos já publicados sobre o uso da Porcilis Ileitis e como ela atua na prevenção da doença.

“Existem diversos materiais publicados em boas revistas internacionais que destacam a proteção clínica desta doença e também trazem informações sobre os aspectos mais funcionais da resposta protetora desta vacina”, disse o especialista durante o evento ocorrido no Hotel Lang Palace.

Nova tecnologia 

Aplicação intramuscular, dose única e longa duração de imunidade. Estes são os três principais diferenciais da mais recente inovação contra a ileíte na suinocultura, defendeu o médico veterinário e coordenador de Marketing da MSD Saúde Animal, Diogo Fontana.

O lançamento da primeira vacina injetável do mundo contra Lawsonia intracellularis é uma das inovações da empresa. “Esta é uma tecnologia exclusiva e inovadora. Está pronta para a aplicação e ainda tem uma longa duração de imunidade, chegando a 20 semanas, o que significa que ela protege o animal durante todo o ciclo de crescimento e engorda”, afirmou o executivo.

Uma menor pressão de infecção é outro benefício ressaltado pelo especialista, que explica que ela acontece através de uma redução da quantidade e do tempo de excreção de bactérias. “É a primeira vacina do mundo com estas características e ela é importante especialmente neste momento em que a atividade enfrenta o desafio de manter elevada a eficiência produtiva com uso cada vez mais restrito de antimicrobianos”, encerrou Fontana.