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Milho & Soja

Insumos registram pequeno recuo no mercado interno

Compradores se retraíram na última semana, o que motivou o movimento

Insumos registram pequeno recuo no mercado interno

De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (13/04) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços do milho e da soja, principais insumos da produção animal, registraram um leve recuo, mas ainda se mantêm elevados.

Os preços da soja se enfraqueceram nos últimos dias, mas seguem em patamares bastante elevados. O Indicador da soja ESALQ/BM&FBovespa (Paranaguá – PR) fechou a R$ 100,07/saca de 60 kg na quinta-feira, 9, queda de 1,13% na parcial de abril. Agentes consultados pelo Cepea indicam que as quantidades de soja das safras 2019/20 e 2021/21 já comercializadas são recordes, quando considerado esse mesmo período de temporadas anteriores.

Como o produtor brasileiro se capitalizou logo no início desta safra, agora não mostra preocupações em negociar grandes lotes – até porque, com o dólar acima de R$ 5,00, as commodities brasileiras continuam atrativas aos importadores.

Além disso, a China – principal importadora mundial da oleaginosa – deve seguir com a demanda aquecida. Com as atividades econômicas voltando ao normal no país asiático, certamente o consumo de alimentos deve crescer.

Já os elevados patamares de preços do milho no mercado brasileiro somados às incertezas diante do avanço da pandemia de coronavírus fizeram com que compradores diminuíssem o ritmo de aquisição de novos lotes, especialmente os envolvendo grandes volumes.

Esse cenário e as desvalorizações internacionais do cereal resultaram no recuo dos preços domésticos do milho. Nos Estados Unidos, a desvalorização da gasolina e o avanço da pandemia de coronavírus têm limitado a demanda pelo cereal – vale lembrar que a produção de etanol a partir de milho é elevada no país norte-americano.

No Brasil, os movimentos de baixa nos preços do milho têm sido mais intensos em São Paulo e em regiões do Centro-Oeste. Entre 3 e 9 de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas-SP) recuou 3,5%, fechando a R$ 56,41/sc de 60 kg na quinta-feira, 9.