Matriz de transporte de milho e soja se diversifica, mas nas exportações uso de rodovia cresce
Estudo mostrou mudanças na movimentação de grãos no País, especialmente do milho
Estudo realizado entre o Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da USP (Esalq-Log) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou mudanças na movimentação de grãos no País, em maior escala para o milho e em menor escala para a soja.
No caso do milho, no período de 2010 a 2019, foi observada maior movimentação por caminhões, ou 69% do total em 2019, seguida por ferrovias (21%) e hidrovias (10%). "Até 2010, a movimentação rodoviária atingia a marca de 83,3%, enquanto a movimentação hidroviária não passava de 1,2%", destaca a Esalq-Log em nota. No mesmo período analisado, a produção de milho cresceu 78,6%. "Situação diferente foi observada no cenário de exportação do grão, onde a dependência de transporte rodoviário saltou de 20% para 31% no período analisado, seguido pela redução da movimentação por ferrovias, de 77,5% para 49,5%. Já as hidrovias, que representavam 2,5% da movimentação em 2010, apresentaram 19,5% em 2019", informou. Na última década, segunda a Esalq, as exportações do cereal cresceram 300%.
Para o escoamento da produção agregada de soja, o transporte rodoviário, que respondia por 74,7% do total em 2010, passou a ser de 67,4% em 2019. "Em contrapartida, a movimentação por ferrovias cresceu de 20,2% para 24% e a movimentação hidroviária quase duplicou no período, passando de 5,1% para 8,6%", disse a Esalq-Log. No mesmo período, a produção de soja aumentou em 74,3%. "Em comparação, o mercado de exportações não apresentou mudanças tão significativas, ainda que o setor rodoviário tenha assumido 44,7% em 2010 e 49,1% em 2019, frente a uma redução relativa do uso de ferrovia de 47% para 38,3% e um aumento do uso de hidrovias de 8,3% para 12,6%, como as exportações de soja crescendo aproximadamente 155%."
O estudo foi conduzido pelos coordenadores do Esalq-Log, José Vicente Caixeta Filho e Thiago Guilherme Péra, e pela economista sênior do Agricultural Marking Service do USDA, Delmy L. Salin.
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