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Ministro Roberto Rodrigues instala Conselho do Agronegócio

O Consagro, órgão consultivo formado pelos setores público e privado, ajudará o governo federal na formulação da política agropecuária do país.

Da Redação 21/02/2003 – O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, instalou ontem de manhã (20/02) o Conselho do Agronegócio (Consagro), órgão consultivo formado pelos setores público e privado para ajudar o governo federal na formulação da política agropecuária do país. Além de representantes das entidades do agronegócio e dos consumidores, a solenidade contou com a participação dos ministros Miguel Rossetto, do Desenvolvimento Agrário; José Graziano, da Segurança Alimentar e Combate à Fome; e Marina Silva, do Meio Ambiente.

De acordo com o ministro, o Consagro servirá para que o governo e o setor privado avaliem e negociem a implementação de mecanismos, diretrizes e estratégias competitivas para o agronegócio brasileiro. “O conselho junta, de forma paritária, os organismos governamentais ligados ao agronegócio e as entidades de classe, que representam desde trabalhadores rurais até os consumidores”, disse. “A idéia é de que as políticas sejam formuladas por esse conselho nacional.”

Rodrigues lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inclui a agricultura entre as prioridades de seu governo, destacando duas metas: a geração de empregos, sobretudo com o estímulo à agricultura familiar; e a produção de excedentes exportáveis, com a conquista da fronteira agrícola, agregação de valor aos produtos e com aumento da capacidade de negociação do Brasil nas relações bi e multilaterais. “Essas foram prioridades definidas pelo Presidente”.

O Consagro contará com câmaras setoriais, que vão avaliar os problemas das cadeias produtivas e apontar alternativas para resolvê-los. “Vamos organizar essas câmaras de tal forma que os diferentes elos de cada cadeia tenham pesos específicos na proporção de sua participação do PIB daquele segmento. A idéia é buscarmos a sustentabilidade de cada cadeia. Isso representa o equilíbrio de rentabilidade de todos os elos para que o consumidor seja o beneficiário final, tanto internamente como do ponto de vista de competitividade internacional”, explicou o ministro.

O governo não tem a intenção de criar um número excessivo de câmaras setoriais, enfatizou o ministro. “Vamos criá-la a partir do surgimento de problemas emergenciais que afetem as cadeias. Hoje, por exemplo, temos desequilíbrio na cadeia de proteína animal, em razão da falta de milho no país. Então, montaremos uma câmara setorial para balizar novas formas de articulação entre produtores de milho, de frango, de suínos e de rações.”

O conselho deverá se reunir a cada dois meses. O próximo encontro ocorrerá no dia 9 de abril, na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), em São Paulo. Na ocasião, adiantou Rodrigues, deve ser feita uma apresentação do esboço dos instrumentos da política pública para o Plano Agrícola e Pecuário 2003/04.

COMPOSIÇÃO DO CONSAGRO

PRESIDENTE: Roberto Rodrigues, Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

COMPONENTES

1) SETOR PÚBLICO: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ministério da Fazenda, Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Ministério das Relações Exteriores, Ministério dos Transportes, Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome, Fórum Nacional dos Secretários da Agricultura, Banco do Brasil e Comissão de Agricultura e Política Rural da Câmara dos Deputados.

2) SETOR PRIVADO: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), Associação Brasileira dos Produtores de Segmentes (Abrasem), Conselho Nacional da Pecuária de Corte (CNPC), Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) e Sociedade Rural Brasileira (SRB).