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Missão busca ajuda à suinocultura

Aquisição de milho importado com taxa menor é a principal reivindicação a ser levada a Brasília.

Redação SI 25/11/2002 – Santa Catarina vai mandar esta semana uma missão a Brasília para tentar salvar os suinocultores da falência e falta de alimento para seus plantéis.

As reivindicações do setor serão levadas pelo prefeito de Concórdia e presidente da Associação dos Municípios do Alto Uruguai Catarinense (Amauc), Neodi Saretta (PT).

Um documento retratando a grave situação dos suinocultores catarinenses será levado para o ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, e para a equipe de transição de Luís Inácio Lula da Silva, solicitando medidas urgentes de apoio ao produtor.

A principal delas é a importação de milho livre da taxa de 9,5% para o produto proveninte de fora do país. O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Paulo Tramontini, disse que a eliminação desta taxa permitiria que o milho chegasse ao país a preços compatíveis, entre R$ 22 e R$ 23. Tramontini teme que alguns produtores, principalmente independentes, acabem ficando sem alimento para suas criações.

Recentemente, alguns criadores do Oeste ficaram sem ração e suínos e aves acabaram praticando atos de canibalismo e até morrendo. Na sexta-feira (22), o ministro da agricultura, Pratini de Moraes, anunciou a intenção de importar 150 mil toneladas de milho para amenizar o déficit. O secretário-geral da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, considera que este volume é insuficiente, pois a necessidade seria de 1 milhão de toneladas.

No entanto, Barbieri disse que estas importações devem ocorrer até, no máximo, 15 de janeiro. A partir deste período começa a entrar a safra nacional, o que poderia acabar prejudicando os produtores de milho.

Barbieri também é contra a proposta que está sendo estudada no Ministério da Agricultura, de utilizar a Lei de Confisco contra produtores que estão retendo o produto para conseguir preços melhores. Barbieri alerta para o efeito negativo da medida no plantio de safras futuras.

O secretário-geral da Faesc deve ir a Brasília na quarta-feira (27), quando tratará dos problemas da suinocultura durante reunião da Confederação Nacional da Agricultura O secretário de Agricultura de Santa Catarina, Otto Kiehn, também esteve em Brasília na semana passada para garantir a liberação de um novo lote de 10 mil toneladas de milho da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).