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Balanço

Mosaic teve lucro líquido de US$ 828 milhões no 4º trimestre

Um ano antes, múlti americana de fertilizantes registrou prejuízo de US$ 921 milhões  

Mosaic teve lucro líquido de US$ 828 milhões no 4º trimestre

A americana Mosaic, uma das maiores empresas de fertilizantes do mundo, reportou lucro líquido de US$ 828 milhões no quarto trimestre de 2020. Um ano antes, a empresa teve prejuízo líquido de US$ 921 milhões.

No quarto trimestre do ano passado, a receita líquida da Mosaic totalizou US$ 2,5 bilhões, alta de 18,4% na comparação com o reportado em igual intervalo de 2019, e o lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de US$ 508 milhões, mais que o dobro de um ano antes.

No acumulado de 2020, a Mosaic teve lucro líquido de US$ 666,1 milhões, ante prejuízo líquido de US$ 1,07 bilhão em 2019. A receita líquida da companhia atingiu US$ 8,7 bilhões, recuo de 2,5%. O Ebitda ajustado ficou em US$ 1,56 bilhão, alta de 15%

Em nota, Joc O’Rourke, CEO da Mosaic, disse que as ações da companhia para otimizar seu portfólio de ativos, juntamente com uma política de estoques reduzidos e a forte demanda global esperada para 2021, posicionam bem a Mosaic para o exercício que se inicia.

Em 2020, a empresa gerou US$ 300 milhões em economias, incluindo US$ 100 milhões provenientes de uma mudança da produção de potássio da mina de Colonsay, localizada entre o Reino Unido e a Irlanda, para a nova instalação de Esterhazy K3, no Canadá, que passou por manutenções.

Na área de fosfatos, com um centro operacional integrado, a empresa espera ter economias adicionais, bem como maior segurança. No Brasil e no Paraguai, o negócio da Mosaic Fertilizantes excedeu sua meta de redução de custo de US$ 50 milhões para 2020 em mais de 100%, chegando a US$ 115 milhões.

Em 2020, as vendas de potássio da companhia somaram 9,4 milhões de toneladas no mundo todo, ante 7,8 milhões um ano antes. O resultado financeiro líquido foi de US$ 2 bilhões, ligeiramente abaixo dos US$ 2,1 bilhões de 2019, devido aos preços mais baixos dos insumos.

As vendas de fosfatados da Mosaic também cresceram no período e saíram de 8,2 milhões de toneladas, em 2019, para 8,5 milhões de toneladas em 2020, com a receita líquida correspondente caindo de US$ 3,2 bilhões para US$ 3,1 bilhões, pelo mesmo motivo observado no mercado de potássio.

No Brasil e Paraguai, a Mosaic Fertilizantes comercializou 10,6 milhões de toneladas de adubos no ano passado, ante 9,2 milhões em 2019. Porém, os preços do fosfato monoamônico (MAP), nutriente essencial no cultivo da soja, negociados com terceiros, caíram de US$ 402 para US$ 333 a tonelada na região. As cotações em alta dos grãos no Brasil, e também a relação de troca para compra de adubos favorável, beneficiaram o produtor local no ano passado e impulsionaram a demanda por insumos, segundo a companhia.

A Mosaic espera que a melhora da dinâmica do mercado na segunda metade de 2020 se estenda por 2021. “Uma forte demanda já levou a rápidos aumentos de preços dos adubos nos Estados Unidos e a nível global, o que normalmente ocorre com uma defasagem de 45 a 60 dias”, disse a Mosaic.

A empresa avalia que a demanda principalmente por fosfatados está forte no mundo e que os estoques de produtores e canais de distribuição está bem abaixo do normal.

Assim, no setor de fosfatos, a expectativa é de aumento de US$ 40 a US$ 50 no preço por tonelada neste primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre do ano passado. “O saldo global de oferta e demanda deve permanecer apertado ao longo do ano”, frisou a companhia.

No mercado de potássio, a estimativa de alta no valor da tonelada é de US$ 20 a US$ 25 na mesma comparação.