Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Revista Online

Nova edição de Suinocultura Industrial já está disponível no site

Está no ar a edição 282 da revista Suinocultura Industrial

Nova edição de Suinocultura Industrial já está disponível no site

A produção de suínos no Brasil atravessa um ano em que é preciso tomar certo cuidado. Os custos produtivos tem se elevado com o aumento nos preços de milho e soja. O problema não está na safra brasileira, mas na argentina, que registrou quebra e reduziu a oferta mundial de grãos, tornando mais atrativo aos agricultores o mercado internacional.

Com as restrições impostas pela Rússia, sobrou carne no mercado doméstico brasileiro, já que os números de abates se mostraram bem similares ao do ano passado e não é possível ao setor reajustar a produção de suínos em um ciclo curto. O resultado disso tudo foi uma redução nos preços dos animais vivos no mercado doméstico.

Só para ter uma ideia, os produtores tiveram um custo de produção 14% superior. Por outro lado, o preço pago pelo suíno decaiu na mesma proporção, representando uma rentabilidade 24% menor na mesma comparação com os cinco primeiros meses de 2017.

As restrições impostas pelos russos sempre causaram prejuízos ao Brasil. A Rússia é o destino de 43% de todas as exportações da suinocultura. Uma barreira aos embarques, mesmo que por curto período, causa prejuízo extremo. Ainda mais o atual, superior a seis meses.

No âmbito doméstico, a expectativa é que a recuperação econômica continue, mesmo que tímida, permitindo avanços no consumo da carne suína, permitindo assim que o excedente não exportável seja absorvido internamente, reduzindo eventuais prejuízos. Fora isso, o setor enfrentou – assim como todo o país – uma paralização dos caminhoneiros. O movimento durou dez anos e gerou um impacto negativo muito grande na distribuição de produtos e abates, levando animais à mortalidade e prejuízos severos.

Para superar esses desafios, é preciso pés no chão e muito trabalho. O setor deve continuar investindo na qualidade superior do seu produto, assim como na divulgação das características da carne, suculência e sabor na cozinha. É principalmente o crescimento do mercado interno que deve dar a atividade suinícola condições de ter uma estrutura cada vez mais sólida para suportar os momentos de dificuldade, como o vivido nesse ano.

Boa leitura a todos!

Humberto Luis Marques