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Os números da inseminação artificial em suínos no Brasil e no mundo

Mais de 51% das matrizes suínas tecnificadas são inseminadas artificialmente no Brasil.

Redação SI 14/12/2001 – De acordo com o consultor técnico da revista Suinocultura Industrial, o Dr. Paulo Roberto Souza da Silveira, também chefe de Comunicação da Embrapa Suínos e Aves, cerca de 24,1 milhões de matrizes suínas são inseminadas anualmente nos 29 principais países produtores de suínos do mundo, que detêm um plantel de 67,71 milhões de matrizes. “A maioria dos países da União Européia adota a IA para 60% a 80% de suas matrizes”, diz. “Na China, país detentor do maior rebanho suíno do mundo com 38 milhões de matrizes, a IA é usada em 25% do plantel”.

Nos Estados Unidos, recente levantamento oficial demonstrou que a IA é utilizada como método exclusivo de reprodução em 64,8% das matrizes, e adicionais 7,2% das matrizes são cobertas por meio da associação de IA com monta natural. Em granjas com 500 ou mais matrizes, estes números elevam-se para 85,3% e 9,4%, respectivamente (USDA, 2001).

Segundo Silveira, a expansão da IA no Brasil teve comportamento similar aos demais países. Introduzida em 1975 no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o percentual de matrizes suínas inseminadas no plantel brasileiro tecnificado não ultrapassou 3% até 1989. Em 1996, a estimativa elevou-se para 16% e dados recentes indicam que o uso da IA em suínos praticamente duplicou nos últimos cinco anos. Estima-se que 660.000 matrizes foram cobertas por meio de IA até o ano 2000. Este número representa cerca de 51% das matrizes alojadas em plantéis tecnificados no Brasil.

Custos – De um modo geral, Paulo Silveira diz que é possível analisar os custos de instalação de uma Central de Inseminação Artificial (CIA) no Brasil, a partir de diferentes metodologias (incluindo maior ou menor quantidade de variáveis na composição desses custos) e tomando como base programas fechados para produção de doses de sêmen na própria granja. “A partir dessas premissas, foi realizado um estudo (Castagna et al.,1999), no qual foi concluído que trabalhando com machos numa faixa de valor entre R$ 500,00 e R$ 1500,00 torna-se economicamente viável a implantação de uma CIA a partir de 600 matrizes, com um retorno de investimento no prazo de 35 meses”.