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Greve dos caminhoneiros

País deixou de exportar pelo menos US$ 60 milhões em aves e suínos

Com bloqueios nas rodovias, deixaram de ser exportadas 25 mil toneladas de carne de frango e suínos

País deixou de exportar pelo menos US$ 60 milhões em aves e suínos

Duas das maiores associações que representam o setor de proteína animal no País afirmam que a greve dos caminhoneiros está impactando diretamente neste setor produtivo. Ao todo, 129 unidades produtivas das empresas associadas de aves e carnes suína e bovina estavam com as atividades paralisadas na quarta-feira (23). A previsão é de que, até a sexta-feira (25), mais de 90% da produção de proteína animal seja interrompida caso a situação não se normalize, somando mais de 208 fábricas de diversos portes paradas no Brasil.

Com os bloqueios nas rodovias, que impedem o acesso dos insumos necessários à produção e impossibilitam o escoamento de alimentos, deixaram de ser exportadas 25 mil toneladas de carne de frango e suínos, o equivalente a uma receita de US$ 60 milhões que deixa de ser gerada para o país.

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), mais de 85 mil funcionários das indústrias e cooperativas de proteína animal de diversos portes estão com as atividades suspensas nas unidades produtivas. Da mesma forma, os diversos fornecedores de insumos também estão sendo impactados.

Os estabelecimentos menores e de cidades pequenas ou regiões metropolitanas – que mantém um ciclo de entrega de produtos a cada dois dias – já estão com o abastecimento comprometido. Essa dificuldade pode atingir os grandes centros nos próximos dias.

Além de haver o risco real de desabastecimento, com a greve, o setor de proteína animal, que emprega mais de 7 milhões de pessoas e é responsável pela produção de mais de 25 milhões de toneladas de alimento/ano.

Soma de problemas

Outra entidade a se manifestar sobre os problemas acarretados pela greve foi a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), que afirma entender “a legitimidade da paralisação dos caminhoneiros autônomos devido aos aumentos abusivos do valor de combustível e da carga tributária para o diesel”.

A entidade, contudo, ressalta que a cadeia de suínos “já passa por um ano econômico difícil e não pode corroborar com a falta de insumos e a retenção do transporte de animais, que coloca em risco o bem-estar dos mesmos e afeta diretamente a atividade de mais de 20 mil produtores, impactandob cerca de 126 mil empregos diretos e 1 milhão indiretos”.