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Peso do agronegócio no PIB não é valorizado

Segundo o BID, o peso da agricultura na economia de um país tem sido subestimado mais do que se possa imaginar por causa de cálculos tradicionais que não deveriam ser mais utilizados.

Da Redação 25/02/2004 – 05h35 – O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) afirma que, até agora, o verdadeiro peso da agricultura na economia de um país tem sido subestimado mais do que se possa imaginar por causa de cálculos tradicionais que não deveriam ser mais utilizados. Para o BID: “chegou a hora de calcular a real contribuição do setor no Produto Interno Bruto (PIB) de uma nação”. Conforme recente estudo encomendado pelo Grupo Interagência para o Desenvolvimento Rural da América Latina e o Caribe, os cálculos tradicionais levam em conta apenas as vendas de matéria-prima, como cultura e gado, deixando de lado as cadeias de produção geradas na agroindústria, no comércio e no setor de serviços, assim como o valor adicional que agregam ao PIB.

O estudo conduzido pelo Instituto Interamericano para a Cooperação na Agricultura (IICA), propõe um novo indicador, mais amplo, para valorizar o peso que a agricultura realmente tem na economia de um país. Por esse novo modelo, que sugere que a agricultura e as atividades econômicas que ela gera contribui muito mais do que se imagina, o PIB agrícola no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Canadá, Costa Rica, México, Peru, EUA, Uruguai e Venezuela, seria muito maior do que é na atualidade. No Brasil, o estudo mostra que a contribuição da agricultura no PIB do país passaria de 4,3% para 26,2%, na Argentina, de 4,6% para 32,2%. Nos países desenvolvidos, os saltos não são tão significativos, mas a tendência é a mesma.

Para o banco, esse “descobrimento” permitiria antecipar um aumento dos investimentos no agronegócio, pelo menos enquanto se definem leis que adotem de maneira eficiente o desenvolvimento econômico e social.