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Peste Suína Clássica

<p>Doença já atingiu alguns estados brasileiros, confira os dados da doença.</p>

Redação SI (16/06/03)- A Peste suína clássica (PSC), também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos, é uma doença altamente contagiosa e frequentemente fatal dos suínos,e foi reconhecida pela primeira vez no século XIX e sua etiologia viral foi estabelecida no início do século XX. Atualmente, algumas das áreas ou países mais importantes na produção de suínos são livres de PSC, mas apesar dos esforços para sua erradicação, a doença permanece endêmica ou recorrente em outras áreas.

PSC faz parte da lista A da OIE, o que significa que a doença é de notificação compulsória. Sob o ponto de vista econômico, esta é uma das doenças mais importantes, senão a mais importante dos suínos domésticos. A lista A incluí doenças transmissíveis que têm o potencial para disseminação rápida e séria, independentemente de fronteiras nacionais e que têm consequências socio-econômicas e de saúde pública sérias e que são de grande importância para o comércio internacional de animais e produtos de origem animal.

São reconhecidas as formas aguda e crônica da PSC. A manifestação clínica depende da idade do animal e da virulência da cepa viral envolvida. A taxa de mortalidade pode atingir 90% em animais jovens, enquanto que em suínos mais velhos a doença pode ter manifestação discreta ou mesmo ser sub-clínica.

Os sinais clínicos iniciais incluem depressão e febre alta (41oC/106oF), associados com leucopenia severa (a contagem total de leucócitos pode estar abaixo de 4.000/mm3). Lesões equimóticas na pele de leitões afetados por PSC.

Hemorragia da mucosa ocular São observados eritrema, hemorragia e cianose em animais de pele branca, particularmente nas extremidades, abdome, axilas e face interna dos membros. Hemorragias petequiais também são observadas em mucosas, embora este achado não seja consistente.

Sinais nervosos são observados frequentemente, incluindo letargia, convulsões ocasionais, ranger de dentes e dificuldade de locomoção.

Animais susceptíveis geralmente morrem dentro de menos de 10 dias após o início dos sinais clínicos. Aqueles animais que sobrevivem por períodos mais prolongados podem desenvolver sinais de envolvimento respiratório e intestinal, caracterizados inicialmente por constipação seguida de diarréia. Na manifestação crônica, após uma manifestação inicial de febre, os animais têm recuperação transitória seguida de recorrência com febre, anorexia e depressão.

A exposição natural ao vírus durante a gestação pode resultar em várias anormalidades fetais e neonatais que incluem aborto, mumificação, anasarca, ascite, natimortos, hipoplasia cerebelar, hipomielinogênese, tremores congênitos e mortalidade neonatal. Infecções em estágios iniciais da gestação (antes do 20o dia de gestação) podem resultar em mortalidade embrionária e absorção.

Vacinação
A maioria das vacinas atenuadas baseia-se na amostra chinesa do vírus da PSC. Estas vacinas são atualmente utilizadas no mundo todo. A vacina induz altos títulos de anticorpos neutralizantes e é segura para o uso em animais gestantes. A principal restrição à vacinação com vacinas atenuadas, como a amostra chinesa, é que não é possível a distinção entre anticorpos vacinais e aqueles induzidos por infecção natural. Esta desvantagem é de extrema importância se forem consideradas suas implicações no comércio internacional.

Atualmente existe um esforço grande no sentido de se desenvolver vacinas marcadas, que são vacinas contra subunidades do vírus. A glicoproteína viral E2 recombinante, produzida através de baculovírus, tem sido estudada para esta finalidade. A vantagem deste método é que os animais vacinados poderiam ser facilmente separados daqueles infectados naturalmente, utilizando-se uma proteína viral diferente como antígeno para o diagnóstico.

Mais informações no link:

http://www.vet.uga.edu/vpp/ivm/PORT/csf/index.htm