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Pratini fala sobre a crise do milho

O ministro reconhece que o Brasil está vivendo um momento crítico de suprimento.

Da Redação 15/11/2002 – A crise do milho está se agravando principalmente nas pequenas granjas de ovos, frangos e suínos. Em Brasília, o ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, comentou os dois pontos principais dessa crise: a alta dos preços e os baixos estoques oficiais de milho.

Ações do governo
“Houve uma seca no Rio Grande e em Santa Catarina, que reduziu muito a produção naqueles Estados. Houve falta de milho no Nordeste, e nós utilizamos os estoques oficiais para atender as insuficiências de milho principalmente no Nordeste. Além disso, fizemos venda a balcão, vendas de pequenas quantidades de milho para pequenos produtores. É claro que, com isso, usamos a maior parte dos estoques do governo, mas a nova safra deve chegar em dezembro ou janeiro, de forma que isso deverá estar inteiramente superado à medida em que temos a nova produção. Mas realmente estamos vivendo um momento crítico de suprimento”.

Dólar é vilão
“E isso ocorre por causa da brutal elevação da taxa de câmbio. Precisamos encontrar uma forma de reduzir a taxa de câmbio e a volatilidade da imagem do Brasil inclusive no exterior, tomar providências eficazes para combater a especulação e aqueles que a estão promovendo, porque não há milagre que se possa fazer com preços agrícolas se não houver uma política que baixe a taxa de câmbio”.

Na sexta-feira (22), o Ministério da Agricultura publicou uma instrução estabelecendo as exigências sanitárias para a importação de produtos vegetais. A instrução prevê que, em caso de relevante interesse público, como acontece hoje com o milho, a importação poderá ser autorizada diretamente pelo ministro.