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Preço do milho tem aumento em Santa Catarina

Os preços da saca de milho seguem em alta pelo quarto mês consecutivo no estado

Preço do milho tem aumento em Santa Catarina

Os preços da saca de milho seguem em alta pelo quarto mês consecutivo em Santa Catarina. A cotação ficou na média de R$ 35,58/saca pagos ao produtor em maio – um aumento de 4,84% sobre o mês anterior e de 51,2% se comparado o mesmo período de 2017. 

Os preços do milho praticados em maio são os maiores desde janeiro de 2017 e o grão volta a ser atrativo para os agricultores. Em Santa Catarina, o milho disputa a mesma área da safra de verão com a soja e o preço acaba influenciando a escolha dos produtores. Existe uma relação entre preço de milho e soja que auxilia na tomada de decisões: quando o preço da soja é 2,3 vezes maior do que preço do milho é mais rentável plantar soja, quando o valor é menor, o milho é mais atrativo. Com a valorização do milho, o grão toma força na comparação e se torna uma opção mais competitiva.

O secretário de Estado da Agricultura e a Pesca, Airton Spies, ressalta que os produtores devem levar em conta ainda os custos de produção, a produtividade e a resistência às mudanças climáticas. No caso do milho e da soja, os custos para produzir um hectare de milho de alta tecnologia são maiores do que para produzir um hectare de soja. E mesmo com um rendimento maior, o milho é mais sensível às mudanças de clima, principalmente à estiagem.

“Para os produtores que planejam plantar milho na safra 2018/19, as perspectivas são boas. O grão está em alta pela demanda crescente e pelas exportações de um terço da produção brasileira. Os produtores devem fazer uma análise criteriosa de todos esses fatores e escolher a melhor opção para usar sua área”, destaca Spies.

Safra em Santa Catarina

A colheita de milho está praticamente finalizada. E as expectativas são de uma redução de 19,7% em relação à safra anterior, fechando em 2,5 milhões de toneladas. Uma colheita menor, mas com uma produtividade maior. O rendimento deve chegar a oito toneladas/hectare. Santa Catarina é extremamente dependente de milho para abastecer as cadeias produtivas de carnes e leite, todos os anos o estado consome em média seis milhões de toneladas do grão – mais do que o dobro do que produz.

“Santa Catarina continua com um déficit de 50% na produção de milho, portanto não faltará mercado para quem produzir esse valioso cereal”, afirma o secretário Spies.

Principal concorrente do milho, a área cultivada de soja é cada vez maior em Santa Catarina. A produção nesta safra deve ser recorde e chegar a 2,44 milhões de toneladas. Com um aumento de 6,84% na área plantada – decorrente da redução da área plantada com milho, pastagens, fruticultura, feijão e outras culturas, ao longo dos anos.

Milho silagem

Ao contrário do milho grão, o cultivo de milho para produção de silagem vem crescendo a um ritmo de 13,8% ao ano em Santa Catarina. Na safra 2017/18 a área total estimada para plantio de milho silagem foi de 228,3 mil hectares, concentrados principalmente na região Oeste.