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Mercado

Preço pago ao suinocultor de MS aumenta, mas custo de produção acompanha alta

Valor aumentou 24% em relação a igual período de 2019; insumos tiveram alta de 46%

Preço pago ao suinocultor de MS aumenta, mas custo de produção acompanha alta

Abates de suínos também teve um crescimento no primeiro semestre

Se por um lado os preços estão remunerando melhor o produtor rural em Mato Grosso do Sul, por outro a produção de suínos está encarecida devido à alta no custo de insumos como o farelo de soja e de milho. Comparando com o mesmo período de 2019, o preço médio do suíno vivo de janeiro a julho deste ano teve uma valorização de 24%, saltando de R$ 3,77 para R$ 4,67 o quilo. As informações, divulgadas nessa segunda-feira (10), são da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul).

Segundo a entidade, associada à valorização dos preços está a demanda do mercado externo, que teve significativo aumento para a suinocultura brasileira. Isso acaba influenciando também as transações realizadas no mercado interno, onde Mato Grosso do Sul tem intensa atuação.

“O bom desempenho das exportações brasileiras contribui para reduzir a oferta no mercado interno e, assim, ajuda equilibrar a produção e a demanda, permitindo maior competitividade para as empresas que direcionam os produtos para o mercado nacional”, explica a economista Eliamar Oliveira, analista técnica do Sistema Famasul.

O número de abates de suínos em MS também teve um crescimento no primeiro semestre de 2020. Segundo dados do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), foram 7% de alta em comparação ao mesmo período de 2019, quando houve abate de 927 mil cabeças. Em 2020 o abate foi de 994 mil cabeças de suínos.

“Se o momento é de boa remuneração para o suinocultor, não é o mesmo que se vê quando o assunto é custo de produção. Os atuais preços do farelo de soja e do milho estão reduzindo o seu poder de compra porque, se por um lado o suíno valorizou 24% no comparativo anual, por outro o farelo de soja e o milho registraram alta de 31% e 46%, respectivamente”, detalha.

Tendo Hong Kong como principal destino, Mato Grosso do Sul exportou um volume de 7,9 mil toneladas e faturou 13,3 milhões de dólares em receita.