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Brasil

Prevalência de PmA nas lesões pneumônicas em suínos se mantém alta

Países da Europa e nas Américas também demonstram a alta prevalência desse agente

Prevalência de PmA nas lesões pneumônicas em suínos se mantém alta

.Segundo dados da equipe de pesquisa da Embrapa Suínos e Aves, que atuou no projeto de desenvolvimento da vacina contra a doença pulmonar, a prevalência de PmA nas lesões pneumônicas em suínos tem se mantido alta ao longo do tempo no Brasil.

Os dados apontam que no Rio Grande do Sul, por exemplo, em suínos de abate com lesões de pneumonia e pleurite, o índice é de 43%. Em Santa Catarina, o número fica em 51,3%, em lesões responsáveis por desvio de carcaças pelo serviço de inspeção sanitária. De acordo com a equipe de trabalhos outros países da Europa e nas Américas também demonstram a alta prevalência desse agente. Na Dinamarca, 79% das lesões de broncopneumonia cranial em suínos a PmA estava presente.

A doença e o controle

A bactéria P. multocida (Pm) é considerada um importante microrganismo que faz parte da microbiota residente no trato respiratório dos suínos. Até o momento, foram identificados cinco sorotipos capsulares (A, B, D, E e F) e 16 sorotipos somáticos. O sorotipo A, objeto da pesquisa da Embrapa, é um dos mais encontrados em lesões pneumônicas em suínos.

A Pm induz quadros clínicos variáveis, dependendo do grau de imunidade do animal, da virulência da cepa e do sorotipo envolvido. Alguns têm sintomas mais agressivos, ocasionando patologias como a pneumonia hemorrágica, pleurite e pericardite.

Alguns sinais clínicos observados nos animais infectados são dificuldade para respirar, respiração abdominal, prostração, falta de apetite e temperatura corporal alta (41,6ºC). A tosse aparece como um sinal relevante quando esta bactéria está associada à pneumonia enzoótica ou influenza e, nesses casos a redução no desempenho é significante. A mortalidade nesses casos pode chegar a 40%.  A doença ocorre com maior frequência no período de terminação dos suínos, depois de 100 dias de idade, até o abate. 

O controle das infecções respiratórias causadas pela PmA inclui três principais fatores: o fornecimento de boas condições ambientais e de manejo aos animais, a utilização de antimicrobianos e a vacinação. Atualmente, o controle de Pm em rebanhos de suínos é feito basicamente pelo uso de antimicrobianos na forma de tratamentos preventivos coletivos na ração ou água, ou terapêutico individuais aos animais doentes. Com informações Embrapa Suínos e Aves.