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Previsões para a suinocultura

Veja com exclusividade as previsões do setor para os próximos seis meses feitas por José Adão Braun (ABCS).

Redação SI 26/07/2002 – José Adão Braun, presidente da Associação Brasileia de Criadores de Suínos (ABCS), diz que a situação da suinocultura brasileira continuará “apertada” pelos próximos seis meses. A crise atual da suinocultura, principalmente no Sul do País onde o custo de produção está acima do preço de venda, é uma das mais sérias já vividas, pois vem se prolongando. Diante desse quadro, o presidente desenha algumas previsões para o setor:

Preços e custos

“Um item que vem pesando muito no bolso do suinocultor é a nutrição, cujos ingredientes (como premixes, farelo de soja e milho) seguem atrelados ao dólar. Podemos citar também os medicamentos e o petróleo, que afeta o frete, e que também estão atrelados ao dólar. E o governo não intervém nisso”. O presidente defende que o preço de venda do suíno tem que melhorar no mercado para equilibrar as contas e os custos do produtor.

Milho

A Conab está liberando uma cota de milho para venda a balcão aos Estados de Santa Catarina (80 mil toneladas) e Rio Grande do Sul (120 mil toneladas) para o final do mês de julho. “Provavelmente este milho terá um preço abaixo do que é praticado hoje no mercado (R$ 15,40 em SC e R$ 16,40 no RS a saca de 60 quilos), mas mesmo assim ainda é pouco para reverter a situação da crise no Sul do País”. Braun também participou em São Paulo, no último dia 11 de julho, de uma reunião a convite do secretário de Política Agrícola do MAPA, Célio Brovino Porto, para participar de reunião com a cadeia produtiva do milho. Durante a reunião foram discutidas as medidas de apoio à produção e comercialização da safra 2002/03.

CPI

No Rio Grande do Sul, de acordo com Braun, a CPI dos preços da suinocultura deverá ser instalada até o dia 9 de outubro. “Os trabalhos já estão sendo encaminhados, porém nesse período de campanha política estamos encontrando dificuldades de efetivar a investigação. E para uma situação como essa que estamos atravessando na suinocultura não há outra saída além da CPI”. Nos Estados de Santa Catarina e do Paraná, as CPIs já estão a todo o vapor.

Exportação

“Há uma forte pressão para a exportação. O Brasil pretende exportar 350 mil toneladas de carne suína neste ano, contra 265 mil de 2001. Mas não adianta exportar enquanto o produtor está à míngua. É preciso reverter esta situação desde já, com preços justos ao produtor”.

Governo

“O que o governo precisa fazer no momento é evitar as especulações do mercado como no caso do preço do milho, da cotação do dólar, do petróleo e etc. O mercado brasileiro precisa de estabilidade e transparência”.