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Produtos exóticos

Poucos brasileiros imaginam que se possa comer crista de galo, cartilagem de joelho de frango ou útero suíno.

Da Redação 19/08/2003 – Em vários países essas e outras partes de aves e suínos não consumidas por aqui fazem sucesso. Na cozinha africana e haitiana, por exemplo, sopas e caldos preparados com o espinhaço a coluna vertebral ou o ouvido interno do suíno são iguarias especiais. “Sempre empenhada em atender às necessidades de seus clientes, estejam onde estiverem, a Perdigão atende sob encomenda, de acordo com as exigências de cada um”, diz Rogério Moraes, gerente de exportação para as Américas e a África.

Encomendas também chegam da China. Um dos pratos mais requisitados da cozinha local leva testículos de frango e estômago, útero e fundo suíno, que são cozidos, temperados com shoyu, depois fatiados e servidos frios, acompanhando refeições.

No Japão, a cartilagem de joelho de frango, empanada e frita, costuma acompanhar bebidas. Os japoneses também consomem a membrana do peito do frango, entre as costelas. De formato irregular parecido com uma borboleta e da espessura do papel celofane, ela é empanada com farinha bem fina e servida como entrada, muito bem-aceita pelos convidados.

Nem todos esses produtos, descartados por aqui, são usados na culinária. Nos Estados Unidos, focinho suíno, com um corte especial, transforma-se em alimento para cães. Depois de passar por um processo de secagem, ele ganha a aparência de bolacha, oferecida como prêmio aos animais.

Cartilagens de peito de frango e traquéia de peru são empregados como matéria-prima por laboratórios farmacêuticos na Argentina. Deles se extrai o sulfato de condroitin, utilizado na fabricação de medicamentos para tratar artrite reumática. Já o pâncreas suíno é usado para
produzir insulina.

Nesses mercados, flexibilidade é um elemento vital daí o sucesso da Perdigão. Um pedido de adaptação no mínimo curioso costuma vir dos países da costa oeste da África e do Haiti: produtos em caixas de 10 quilos, menores do que o padrão normalmente adotado, de 12 a 15 quilos. É que a venda é feita na rua, por vendedores que levam as caixas na cabeça ou em bicicletas.