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Carne Fraca

Promotores acusam 11 pessoas ligadas a BRF por falsificação de documentos e etiquetas

As pessoas citadas são acusadas de usar substâncias proibidas e deturpar perante os reguladores a quantidade de certos ingredientes usados ??para produzir a pré-mistura de ração.

Promotores acusam 11 pessoas ligadas a BRF por falsificação de documentos e etiquetas

Os promotores federais brasileiros acusaram na última quarta-feira (04/12) formalmente 11 pessoas por uma investigação criminal acusando a maior exportadora de frango do mundo, a BRF SA, de fugir das verificações de segurança alimentar, mostraram documentos obtidos pela Reuters.

As acusações centram-se em evidências de falsificação de documentos e etiquetas entre 2012 e 2018 e adulteração de ingredientes em produtos aditivos nutricionais para alimentação animal, de acordo com reivindicações apresentadas por promotores no Paraná.

As pessoas mencionadas nos documentos do tribunal, que incluem dois ex-vice-presidentes de qualidade, são acusadas de usar substâncias proibidas e deturpar perante os reguladores a quantidade de certos ingredientes usados ??para produzir a pré-mistura de ração.

Na maioria dos casos, disseram os promotores, as substâncias adicionadas à ração e à pré-mistura pelos funcionários da BRF eram “antibióticos potentes”, cujo uso é normalmente restrito à segurança dos consumidores.

“Para garantir que as irregularidades não sejam detectadas, os acusados ??agiram deliberadamente para enganar os auditores federais, cometendo outras fraudes, como a remoção de estoques de substâncias usadas na fabricação da pré-mistura e a manipulação de amostras”, disseram os promotores.

As ações da BRF se aproximaram de uma sessão baixa em 35,95 reais no comércio da tarde de São Paulo, mas fecharam 1,68% a alta em 36,40 reais.

A BRF afirmou em comunicado que nenhum membro atual da administração, diretor ou executivo foi cobrado. Um funcionário que trabalha em uma capacidade técnica foi preventivamente colocado de licença por uma questão de política da empresa, enquanto se aguarda a conclusão da investigação, informou a empresa.

A BRF disse que continuará cooperando com a investigação, acrescentando que não tolera práticas ilegais.

As acusações apresentadas na quarta-feira resultam de uma investigação da polícia federal chamada Trapaça iniciada em março de 2018.

Derivados de uma investigação anterior chamada “Carne Fraca”, os casos criminais levaram ao fechamento temporário de vários mercados de exportação para frigoríficos brasileiros, incluindo a BRF.