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Ração caseira alimenta plantel de suínos

Mistura foi feita com triticale, soja e núcleo comprado pronto, feito de aminoácido e sal mineral.  

Ração caseira alimenta plantel de suínos
Suinocultura
O criador José Carlos Santos, do Sítio Três Irmãos, em Itapeva (SP), encontrou uma alternativa para tratar os suínos durante a escassez de milho. Ele está dando uma ração caseira para os animais, feita de triticale (70%), soja (20%) e núcleo (5%) – aminoácidos e sal mineral. “O ganho de peso é 10% menor comparado ao milho”, diz. “Mas não tenho opção.”

“O grão sumiu do mercado”, reclama Santos, que possui 55 matrizes large white e landrace. Em sua propriedade de oito alqueires (três de mata) ele utiliza cinco alqueires para cultivar napiê, triticale, cana, pastos para o gado, além de área arrendada, para cultivar milho para suínos. Mas, conforme explica, a produção acabou. Logo cedo, trata os animais – a partir dos 70 dias de idade -, com ração caseira, além de deixar no cocho, à disposição, cana e napiê picados. “A gente tem um napiê novo, muito bem formado, só não pode pôr muito, cerca de 1 a 1,5 quilos por porco.” A soja ele compra no mercado.

Santos diz que o custo de produção é elevado. “A gente está perdendo”, confessa. A sorte, observa, é a venda da carne embalada, na Feira do Produtor, quarta e sábado. “Isso está nos salvando.”

Não bastasse o problema para alimentar os suínos, ainda resta a Santos alimentar 2.500 frangos de corte e de 600 de postura. “Para o frango, tem de ser o milho mesmo. Apenas na fase final de criação dou triticale”, diz.

Para enfrentar a crise da suinocultura, que se repete em ciclos de dois anos, em média, com preços em baixa e insumos em alta, o pesquisador da Embrapa Aves e Suínos, Claudio Belover, sugere algumas alternativas. A primeira delas, observa, é reduzir o plantel de matrizes. Esta solução, segundo o especialista em nutrição de suínos, ajuda a diminuir a oferta e aumentar os preços. Belover diz que a alimentação representa 60% a 80% do custo de produção e suínos. “Em épocas de crise, chega a 80%.”

Alternativas – Há outras alternativas, que valem somente para os animais em terminação. “Uma deles é economizar alimento para não perder tanto”, diz sugerindo redução de cerca de 8% na alimentação. “A restrição alimentar ajuda a melhorar a eficiência e reduzir custos, mas aumenta o tempo de abate”, explica. “O ganho de peso diário é menor.”

Para mudar a alimentação, Belaver diz que é preciso alterar o sistema de comedouros, que devem ser substituídos por comedouros lineares (tipo cochos) que permitam que todos os animais sejam alimentados ao mesmo tempo. “Porém, não pode haver desperdícios.”

Como o milho e a soja estão em alta, ele sugere o uso de alternativas mais baratas, mas que garantam a qualidade da alimentação. Entre os substitutos do milho Belaver indica triticale, sorgo, trigo, cevada, centeio e milheto.

Na parte protéica, a sugestão é a mandioca processada – para eliminar o ácido cianídrico – ou a parte aérea. Outra opção é a soja, desde que seja produzida na propriedade, tostada, extrusada, desativada. Há ainda as farinhas de origem animal (de carnes, ossos e vísceras). No caso de suínos, pode ser a farinha de aves, e no caso de frangos a farinha de suínos. “A introdução de 5% de farinha animal reduz de 6% a 12% o custo da ração e entre 5% e 10% o custo de produção.”

De acordo com Belaver, só vale a pena substituir o milho se o custo compensar. “Os cereais devem custar 5% a 20% do preço do milho.” Já a mandioca, ele considera uma alternativa barata, interessante. “É uma excelente fonte de energia, mas não tem disponibilidade comercial”, ressalta. “Pode ser fornecida à vontade, como raiz picada ou triturada, e como silagem só da raiz, mais concentrado com 12% de proteína.”

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