Resistência antimicrobiana é agravada pela falta de novos tipos de antibióticos
Está ficando cada dia mais difícil o tratamento para uma série de infecções ocasionadas por bactérias
O uso inadequado de antibióticos, que gera resistência a esses medicamentos, representa hoje o maior risco para a saúde global. O problema envolve os cuidados não apenas com a utilização na saúde humana, mas também na saúde animal. A resistência a antibióticos traz consequências diretas e indiretas para toda a sociedade, ressalta Mara Rubia Gonçalves, da Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde da Anvisa.
A resistência antimicrobiana é uma das maiores ameaças à saúde publica global. Pode afetar qualquer um, em qualquer idade, de qualquer país”, diz.
De acordo com ela, está ficando cada dia mais difícil o tratamento para uma série de infecções ocasionadas por bactérias. São os casos de doenças como tuberculose, pneumonia, além de outras provocadas por salmoneloses. “O uso inadequado de antimicrobianos é um dos principais agravantes, e é algo muito comum no Brasil.”
O cenário é potencializado pela queda no número de novos antimicrobianos, ressalta Mara Rubia. “Ao longo das décadas isso tem diminuído, inclusive, nos últimos 30 anos não tivemos novos tipos desenvolvidos, o que vem a favorecer essa preocupação com a resistência antimicrobiana”, comenta.
ONE HEALTH
O webinar One Health – Uso Racional de Antimicrobianos e a Sustentabilidade da Saúde Global, promovido pela Gessulli Agribusiness, realizadora da AveSui – América Latina, com patrocínio da Agroceres PIC, apontou as preocupações de todo o mundo para o tema da resistência bacteriana. Coordenado por Juliana Ribas, gestora de Boas Práticas de Produção e Bem-Estar Animal da Agroceres PIC, o evento teve a participação de pesquisadoras da Unifesp, do Mapa e da Anvisa. O webinar, transmitido pelo Zoom, teve 400 inscritos.
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