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Rio Grande do Sul comemora produtividade de seu rebanho suíno

A retomada das exportações de carne suína será o foco de trabalho do suinocultores do Estado.

Redação 18/02/2002 – Segundo maior produtor de carne suína do Brasil, o Rio Grande do Sul possui também o segundo maior rebanho. São 4,3 milhões de animais e 276 mil matrizes alojadas. O consumo per capita de carne suína no Estado é um dos maiores do País. De acordo com Gilberto Moacir da Silva, presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), cada gaúcho consumiu 21, 5 quilos de carne suína em 2001. Durante o ano passado, o Estado produziu cerca de 347 mil toneladas de carne suína. Desse montante, aproximadamente 48 mil toneladas foram exportadas para Argentina, Hong Kong, Rússia e Uruguai, principais compradores do Estado.

A presença das empresas de melhoramento genético, proporcionou qualidade às carcaças, ao mesmo tempo em que alavancou a produtividade, com matrizes mais prolíferas e suínos terminados com melhor conversão e ganho de peso. O aumento do consumo interno, por meio do trabalho de marketing da carne suína feito pela Acsurs, ABCS e da exportação nos primeiros meses do ano, devido à competente atuação do complexo agroindustrial, do SIPS e da Abipecs, foram também fatos positivos deste ano. “Apesar de toda a caminhada realizada no sentido de diminuir as distorções dentro da cadeia produtiva, ainda temos um árduo e longo percurso a fazer para que o produtor seja melhor remunerado”, comenta Gilberto. “Com uma melhor distribuição dentro da cadeia produtiva, o suinocultor estaria fechando o ano com resultados satisfatórios e mais animado para continuar produzindo a carne suína”, completa.

Apesar de todas as dificuldades, a Acsurs está otimista com relação ao desenvolvimento da suinocultura gaúcha em 2002. “As nossas esperanças se voltam para um 2002 promissor. Temos certeza de que voltaremos a exportar a carne suína para vários países, em especial, à Rússia”, prevê Gilberto. “Cremos também no aumento do consumo da carne suína no mercado interno, fruto de grande trabalho desenvolvido pela campanha de marketing tanto em nível estadual como nacional”.

Segundo ele, a colheita de boas safras de milho e soja este ano são de fundamental importância para o equilíbrio do custo de produção com o valor recebido pelo quilo de suíno vivo produzido pelo suinocultor. Gilberto destaca ainda que em 2002 os cuidados com a parte sanitária devem receber cuidados especiais. “Redobrados deverão ser os cuidados na área sanitária, pois estamos enquadrados em “Estado Livre de Febre Aftosa com Vacinação”, e livres da Peste Suína Clássica. A vigilância sanitária por parte dos órgãos oficiais e dos criadores deve merecer uma atenção toda especial. Temos certeza de que numa conjugação de esforços entre a área publica e a privada, recuperaremos o status sanitário no prazo estabelecido pela OIE”, afirma.